segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Democracia não se perverte

Democracia não pode ser pervertida para combater o terror
Deputado do Partido Socialista francês, Eduardo Rikhan Cypel, brasileiro radicalizado na França


A semana de terror assistida por milhões em todo o mundo tem muito a ensinar sobre democracia. Em particular àquele ao qual o ex-presidente francês, general Charles de Gualle, como "não é um país sério".
Em nenhum momento, nenhuma voz por lá se levantou em um gesto antidemocrático. Em uníssono, o país quis uma resposta séria e dentro da legalidade para combater o terrorismo, o que só pode acontecer em democracias estabelecidas.
Democracias há por todo o mundo, e nem adianta encher a boca para se proclamar que vive numa delas, porque raríssimas respeitam os princípios de liberdade e de direitos.
Na França, para combater o radicalismo de bandidos, travestidos de seguidores do Islã, não se reduziu a democracia. Nem através de decretos ou outras ações, o governo feriu princípios, maquiou aqui e ali. Sabem muito bem que não se pode ostentar a democracia com demagogia ou marketing de discursos faraônicos, muitas vezes eivados de totalitarismo.

Tem-se democracia, e devemos respeito a ela, ou apenas somos mascarados para ocultar a face verdadeira de uma republiqueta. Os franceses são definitivamente sérios que não se deixarem levar por malandragem de picaretas sempre dispostos a empurrar com a barriga uma democracia de fachada.
Tem que existir em todos os momentos de uma nação que a queira na íntegra. Perverter a democracia para se manter no poder a qualquer custo, mesmo que a vaca tussa, pintando o diabo, é fazer terror com o próprio povo.

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