Todas as evidências vinculam o maior esquema de corrupção da história ao PT, inclusive à campanha de 2010
Não há na
história da República brasileira um escândalo da magnitude do petrolão. Mais
ainda: não há na história mundial nenhuma empresa pública que tenha sofrido uma
sangria de tal ordem. Ficamos cada dia mais estarrecidos com a amplitude do
projeto criminoso de poder que controla o país desde 2003. Bilhões de reais
foram desviados da Petrobras. Agora as investigações devem também alcançar o
setor elétrico, as obras do PAC e aquelas vinculadas à Copa do Mundo. Ou seja,
se já estamos enojados — aproveitando a expressão utilizada por Paulo Roberto
Costa na acareação na CPMI da Petrobras, na semana passada — com o que foi revelado,
o que nos aguarda? E quando soubermos da lista de parlamentares e ministros
envolvidos?
O país está
como aquele indivíduo em Pompeia, no ano 79 d.C., que caminhava tranquilamente
nem imaginando que o Vesúvio entraria em erupção. O Congresso mantém sua rotina
trocando votos por dinheiro, o que já não causa nenhuma estranheza. O governo
não conseguiu nomear seu Ministério e o país está sem orçamento aprovado para
2015. E o Judiciário mantém o ramerrão de sempre: muito formalismo e pouca
justiça.
A boa nova é
que sociedade civil está se mobilizando. Diferentemente de 2006 e 2010, desta
vez o espírito cívico se manteve. Manifestações nas ruas, reuniões, debates nas
redes sociais têm marcado a conjuntura pós-eleitoral. É uma demonstração de
interesse pelos destinos do país e que desagrada — e não poderia ser o
contrário — aos marginais do poder. Mas o que chama a atenção é o silêncio de
entidades que, em certa época, estiveram à frente na defesa do Estado
Democrático de Direito. Uma delas é a Ordem dos Advogados do Brasil. Qual a
razão da omissão? E os artistas? O silêncio tem alguma relação com os generosos
patrocínios da Petrobras?
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