No ano passado, voltou a reafirmar seu empenho com os
protestos nas ruas. A agravante, na época e como reeleita, é que a reforma
sairá de um plebiscito como se o Executivo determinasse à sua conta e risco.
Com a gritaria
pós-reeleição, a presidente saiu com uma de suas pérolas, das muitas que tem em
caixas: "Acho que não interessa muito se é referendo ou plebiscito. Pode
ser uma coisa ou outra". Uma coisa não é a mesma coisa que outra coisa,
dona Dilma. Há diferenças profundas e uma presidente tem que saber muito bem o
que quer. Jogar pra galera é que não pode como fez e continua fazendo. Também
Hugo Chávez, muito amigo dos petistas, aplicou golpes desse tipo.
A reforma através de plebiscito como formula Dilma não só
está sem pé nem cabeça, deixando o Legislativo de lado, mas tem um nítido viés
bolivariano. É o trator da autoridade de quem se acha dona do país, apesar de
sempre babar doçuras como pedir humildemente, quando de humilde não tem nada.
Ao contrário, é famosa por humilhar tudo e todos. Freud explica.
Se o Executivo planeja em seus porões a reforma de outro
poder através de escolha popular, se configura ditadura. Dilma sequer sabe como
vai operar o seu milagre petista e ainda mais quem vai sancioná-lo. Se ficar
como promessa mais essa digital da presidente em assunto que não lhe cabe, já é
um grande alívio para as instituições democráticas. Pode fazer reforma, mas
pelas vias legais.
A tentativa de realização desse fajuto plebiscito, criado em
conluio dentro do Planalto com Lula e o marqueteiro João Santana, no ano
passado, para dar uma satisfação ao povo, sob a faixa de que cumpre promessas,
vai esbarrar no Judiciário e Legislativo.
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