Os eleitores deram uma segunda oportunidade a Dilma. Será a presidenta capaz de encarnar a mudança da mudança? Terá entendido a mensagem desta vez?
No Brasil, o agônico triunfo e reeleição de Dilma
Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), descontando-se as diferenças,
guarda semelhanças com aquela experiência. Na noite de domingo, Dilma prometeu
ser “uma presidenta melhor do que até agora”, depois de uma campanha agressiva,
apoiada na divisão social e étnica – pobres contra ricos, negros contra brancos,
centros urbanos contra zonas rurais, sul contra norte, esquerda contra direita
– salpicada por acusações de corrupção.
Ganhou, com a imprescindível ajuda
do carisma de Lula, por apenas três milhões de votos em um país com 146 milhões
de cidadãos com direito a sufrágio, dos quais 50 milhões votaram em seu rival,
o liberal Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Depois dos protestos de junho de 2013, a presidenta prometeu
reformas
As eleições configuraram um Brasil dividido em duas metades,
mas é preciso destacar que o pleito demonstrou a solidez da democracia
brasileira e levar em consideração que, embora a presidenta tenha de se
esforçar para reconciliar os brasileiros, a polarização política atual é muito
menor que em outros países da região e não existe tradição de enfrentamento nem
na história do país, nem no temperamento de seus cidadãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário