segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O novo governo terá de usar o gogó


O modelo simplista de expansão da demanda de consumo que vem sendo adotado desde 2003 está esgotado. A estagnação da produção industrial e da taxa de investimento, e, por último, a queda da taxa de crescimento potencial do PIB brasileiro de cerca de 4,5% ao ano, para algo entre 0 e 1% ao ano, são os principais sinais de que o modelo precisa mudar radicalmente. Agora, é preciso o País se voltar completamente para o crescimento do investimento,  especialmente em infraestrutura e especialmente privado (pois o setor público, além de ineficiente, está virtualmente quebrado), o que levaria ainda ao aumento da produtividade geral da economia, seja qual for o próximo governo.
Não adianta o governo dizer que a taxa de desemprego é baixa. Nas difíceis condições atuais, para o desemprego começar a aumentar seguidamente, é só um passo.

Outro problema ignorado pelo governo é a iminente crise fiscal em que suas políticas nos colocaram, depois de termos conquistado vários degraus de credibilidade nessa área, sem falar na inflação descontrolada. Como no Brasil o gasto público é muito rígido e sua expansão é parte fundamental do modelo econômico atual, tudo depende do que acontece com a receita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário