Espantosa a capacidade de resistência de Marina Silva à
pancadaria, a se levar em conta os resultados da mais recente pesquisa IBOPE
divulgada pelo Jornal Nacional. Pela lógica, ela deveria estar caindo. E Dilma
avançando. Mas eleição não é razão – é emoção. Ganha quem erra menos. E Marina
tem errado pouco.
É esmagadora a vantagem que Dilma tem em relação aos seus
adversários no tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
São 12 minutos contra seis de Aécio e dois de Marina. Por ora, a vantagem de
pouco tem adiantado. Dilma não emociona ninguém. É razão pura. E seus programas
de propaganda refletem o que ela é. Não poderia ser diferente.
O marketing político de Dilma apostou na desconstrução da
imagem de Marina. Há mais de 20 dias que Marina apanha dia e noite. Contra ela
foram assacadas até aqui as mentiras mais corrosivas. Do tipo: “Vai acabar com
O Bolsa Família e o Mais Médicos. Marina está a serviço dos banqueiros”. Algum
efeito a desconstrução produziu. Não o suficiente para desidratar Marina
Jamais neste país um candidato a presidente contou com a
gigantesca coligação de partidos montada para reeleger Dilma. No Rio, por
exemplo, todos os candidatos ao governo fazem parte da coligação de Dilma. Em
São Paulo, nenhum candidato ao governo apoia Marina. Em Minas Gerais, o que
apoia tem menos de 5% das intenções de voto. Tudo isso não basta.
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