O cerco sobre ele só faz se estreitar. Ministros do Supremo Tribunal Federal determinaram o envio de pelo menos 10 pedidos de investigação contra Bolsonaro para a primeira instância da Justiça, uma vez que ele perdeu o foro especial ao deixar o cargo.
Lula só pôde ser condenado e preso pelo então juiz Sérgio Moro porque perdera o foro especial. O ex-presidente Michel Temer, ao fim do seu mandato, foi preso por um juiz da primeira instância. Ficou poucos dias em prisão especial no Rio de Janeiro.
Bolsonaro sabe que correrá esse risco a partir de agora. Como evitá-lo? Não voltando. Mas sabe que será intimado a depor, e se não o fizer, o Brasil poderá pedir sua extradição. Situação complicada a dele. Bolsonaro responde a mais de 100 processos.
São processos já em curso, e não pedidos de investigação. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por injúria e apologia ao estupro. Quando deputado, ele disse que Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque era feia.
É alvo de ação de improbidade administrativa por ter empregado em seu gabinete na Câmara dos Deputados a ex-secretária Wal do Açaí, funcionária fantasma. Entre 2003 e 2018, Wal nunca pôs os pés em Brasília, sequer para assinar o ponto.
O que mais o preocupa, porém, são os processos sob a guarda do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, sobre atos contra a democracia que incluem a tentativa fracassada de golpe do 8 de janeiro. Esses não descerão para a primeira instância.
É com base nesses que sua inelegibilidade poderá ser decretada. Se for, adeus carreira política. Para quem era tratado na Câmara como deputado do baixo clero, até que ele foi longe demais. Vá cuidar da filha Laura, de 11 anos, e recompor-se com Michelle.
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