sexta-feira, 21 de outubro de 2022

De volta aos tempos em que vacas vestiam farda e davam golpe

Sabe a última dos militares que voltaram ao poder pelas mãos de Bolsonaro, gostaram tanto que não sairiam de lá tão cedo?

Obedientes por formação, a pedido de Bolsonaro, armaram o maior salseiro para desacreditar o processo eleitoral.

Bolsonaro disse que em 2018 só não se elegeu presidente no primeiro turno porque houve fraude. Os militares concordaram.

Bolsonaro disse que pessoas votaram no número dele e que na urna apareceu o número de Fernando Haddad, candidato do PT.

Os militares disseram que seria possível. E sugeriram fazer uma auditoria nas urnas e no processo de apuração dos votos.

Falaram até em apuração paralela de votos, em simulação de votação com urnas de papel só para testar.

O Tribunal Superior Eleitoral cedeu à pressão deles para não arrumar mais confusão. E agora…

Agora, o general Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, não quer revelar as conclusões da auditoria. Por que? Não disse.

Ou melhor: começou a dizer que não foi bem uma auditoria, que isso e mais aquilo outro.

Não querem admitir que não encontraram falhas. Bolsonaro ficaria irritado. Se ele perder a eleição, como dirá que foi roubado?

Há generais que estão mais para “vacas fardadas”. A expressão foi cunhada pelo general Olímpio Mourão Filho.

Mourão (nada a ver com o atual vice-presidente da República) liderou as tropas que deflagraram o golpe militar de 64.

De Juiz de Fora, Minas Gerais, ele foi direto para o Rio. Ganhou como prêmio a presidência da Petrobras. E mais tarde, afirmou:

“Em matéria de política, sou uma vaca fardada”.

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