Era também para ter falado das realizações do seu governo, mas não o fez pelo menos da forma combinada. Era para ter falado diretamente às mulheres e aos mais pobres, mas calou-se.
E por que? Porque ficou surpreso com as perguntas iniciais dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos e passou à defensiva, tendo que dar explicações que não gostaria de dar.
Esteve acuado durante parte da entrevista, atormentado com o risco de soltar os freios de repente, abandonar o figurino que vestia e deixar emergir seus instintos mais primitivos.
A verdade é que ele não gostou do seu desempenho, por mais que tenha ouvido elogios dos que o acompanhavam. E assim, apressou-se a fazer logo uma live sobre o próximo dia 7 de setembro.
Não foi propriamente uma fala, mas uma convocação. Convocou seus eleitores para o desfile militar em Brasília e o comício, que não chamou de comício, a realizar-se em Copacabana, no Rio.
Mencionou algumas das atrações que animarão o comício às portas do Forte de Copacabana: bandas de música do Exército, Marinha e Aeronáutica, paraquedistas e a Esquadrilha da Fumaça.
Se outra vez der ouvidos aos que o cercam, na ocasião não desqualificará as urnas eletrônicas nem o sistema de apuração de votos, muito menos atacará ministros dos tribunais superiores.
Está em modo de enganar o distinto público, embora isso não seja de hoje. Até quando?
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