Mais honestos são os extremistas de direita que dão razão à Rússia porque Bolsonaro e Putin compartilham as mesmas ideias; são dois fanáticos nacionalistas que ambicionam o poder solitário.
Não é sobre o PT, que até aqui não condenou a invasão da Ucrânia por Putin, nem antes quando ele invadiu a Geórgia e a Crimeia. Guerras só interessam aos radicais de qualquer cor.
A agência de refugiados das Nações Unidas atualizou a contagem de civis que fugiram da Ucrânia desde o início da guerra. Agora são impressionantes 1,5 milhão de pessoas, de uma população de 43 milhões.
Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Como quase todos eles são louros de olhos azuis, a Europa dará um jeito de acolhê-los. Já os ciganos…
Pergunte aos russos se são a favor da invasão? Leve em conta que na Rússia não há liberdade de imprensa; a mídia chama a invasão de “operação especial em defesa da Rússia”.
Quem insistir em chamar a invasão pelo próprio nome, ou de guerra contra a Ucrânia, ou referir-se às mortes como “massacre”, está sujeito a 15 anos de cadeia por crime de lesa pátria.
Mãe e dois filhos mortos na Ucrânia quando fugiam do bombardeio russo |
Somente ontem, a polícia de Putin prendeu cerca de 4 mil pessoas em Moscou e em outras cidades por protestarem contra a guerra. (Êpa, perdão! Contra a “operação especial em defesa da Rússia”).
A primeira vítima da guerra é a verdade, a segunda, a língua. A verdade requer poucas palavras; a mentira, muitas. “Danos colaterais”, por exemplo, significa a morte de civis.
Quando não é possível ocultar a morte de inocentes, como os quatro de uma mesma família assassinados por soldados russos perto de Kiev, joga-se a culpa em nacionalistas ucranianos.
Semear a dúvida é uma poderosa arma de guerra. Com as redes sociais, a verdade passou a ser uma questão de escolha. Fatos objetivos influenciam menos que apelos às crenças pessoais.
Donald Trump deu uma sugestão incomum para combater o avanço russo na Ucrânia: trocar bandeiras de aviões americanos, adesivar com a bandeira da China e atacar os russos.
Não foi piada (o cômico é o presidente da Ucrânia). Trump não estava de porre, falava em um evento do Partido Republicano. Metade dos americanos costuma acreditar no que ele diz.
Aqui, 30% dos eleitores brasileiros ainda acreditam no que diz Bolsonaro; ele, ontem, taxou de “asquerosas” as confissões sexistas do deputado Mamãe Falei sobre as mulheres ucranianas.
Alguém se recorda de Bolsonaro condenar declarações machistas? Logo ele que disse a uma deputada que ela não merecia ser estuprada porque é feia? Ano eleitoral é uma beleza…
Os mais instruídos devem recordar que o papa Pio XII, nos anos 1930, saudou Mussolini, o fascista governante da Itália, como “o homem da Providência”, porque ele era contra o comunismo.
Mussolini aliou-se a Hitler e foi à guerra para dominar a Europa. Capturado pela resistência italiana, acabou fuzilado; seu corpo foi exposto de cabeça para baixo em uma praça, em Milão.
Peço sua compreensão por ser contra guerras, qualquer uma. Que bem me lembre, a última que se justificou foi quando grande parte do mundo se uniu para derrotar o nazismo.
A Pio XII e outros papas tão autocratas quanto ele, prefiro Francisco, que, no domingo, ao pregar para uma multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano, bateu de frente com Putin e disse:
“Na Ucrânia, correm rios de sangue e lágrimas. Esta não é apenas uma operação militar, mas uma guerra que semeia morte, destruição e miséria”.
A primeira vítima da guerra é a verdade, a segunda, a língua. A verdade requer poucas palavras; a mentira, muitas. “Danos colaterais”, por exemplo, significa a morte de civis.
Quando não é possível ocultar a morte de inocentes, como os quatro de uma mesma família assassinados por soldados russos perto de Kiev, joga-se a culpa em nacionalistas ucranianos.
Semear a dúvida é uma poderosa arma de guerra. Com as redes sociais, a verdade passou a ser uma questão de escolha. Fatos objetivos influenciam menos que apelos às crenças pessoais.
Donald Trump deu uma sugestão incomum para combater o avanço russo na Ucrânia: trocar bandeiras de aviões americanos, adesivar com a bandeira da China e atacar os russos.
Não foi piada (o cômico é o presidente da Ucrânia). Trump não estava de porre, falava em um evento do Partido Republicano. Metade dos americanos costuma acreditar no que ele diz.
Aqui, 30% dos eleitores brasileiros ainda acreditam no que diz Bolsonaro; ele, ontem, taxou de “asquerosas” as confissões sexistas do deputado Mamãe Falei sobre as mulheres ucranianas.
Alguém se recorda de Bolsonaro condenar declarações machistas? Logo ele que disse a uma deputada que ela não merecia ser estuprada porque é feia? Ano eleitoral é uma beleza…
Os mais instruídos devem recordar que o papa Pio XII, nos anos 1930, saudou Mussolini, o fascista governante da Itália, como “o homem da Providência”, porque ele era contra o comunismo.
Mussolini aliou-se a Hitler e foi à guerra para dominar a Europa. Capturado pela resistência italiana, acabou fuzilado; seu corpo foi exposto de cabeça para baixo em uma praça, em Milão.
Peço sua compreensão por ser contra guerras, qualquer uma. Que bem me lembre, a última que se justificou foi quando grande parte do mundo se uniu para derrotar o nazismo.
A Pio XII e outros papas tão autocratas quanto ele, prefiro Francisco, que, no domingo, ao pregar para uma multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano, bateu de frente com Putin e disse:
“Na Ucrânia, correm rios de sangue e lágrimas. Esta não é apenas uma operação militar, mas uma guerra que semeia morte, destruição e miséria”.
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