domingo, 9 de janeiro de 2022

Bolsonaro foi medicado, passa bem e não corre risco de começar a trabalhar

Após se recuperar da última internação, o presidente Jair Messias Bolsonaro retomou o tratamento preventivo ao trabalho. “Voltei a tomar hidroxiprocrastina, porra. As férias continuam”, celebrou numa rede social que é atualizada pelo filho, pois publicar sozinho dá muito trabalho. Em seguida subiu numa lancha e dançou “Ragatanga”.

A hidroxiprocrastina é indicada para pessoas que querem evitar a fadiga. O medicamento age no organismo provocando procrastinação ampla, geral e irrestrita. Além de preguiça generalizada, aversão a responsabilidades e ojeriza a compromissos. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão a criação de uma realidade paralela para justificar a eterna inércia e a mitomania. Uma raiva febril pode emergir quando o paciente é pressionado a tomar atitudes. Erupções cutâneas costumam aparecer em caso de contato com carteiras de trabalho.


O uso da hidroxiprocrastina na prevenção ao trabalho, no entanto, não tem comprovação científica. Segundo especialistas, conseguir a comprovação científica de um medicamento dá muito trabalhonão corre risco de começar a trabalhar.

O presidente faz uso da hidroxiprocrastina desde a adolescência. O medicamento foi fundamental para que Bolsonaro fosse eleito sem elaborar um programa de governo, sem ter aprovado nenhum projeto de lei em décadas como parlamentar, sem ter feito nada relevante no Exército a não ser levantar suspeitas de planejar atos terroristas. Mas mesmo o plano de botar bombas no Guandu, divulgado pela revista Veja, nunca saiu do papel. Executar um atentado terrorista, como se sabe, dá muito trabalho.

Médicos alertam para as evidências de que Bolsonaro tem aumentado a dosagem do medicamento quando se sente acuado. “Quando o presidente recebeu as denúncias da Covaxin, ele tomou um tubo PVC inteiro de comprimidos. De lá pra cá, Bolsonaro aderiu à versão da hidroxiprocrastina em spray porque, segundo ele, engolir comprimidos dá muito trabalho”, explicou o médico Túlio Pessegueira.

Os efeitos de uma overdose de hidroxiprocrastina ainda não mereceram um estudo aprofundado, que daria muito trabalho. Mas estima-se que o paciente seja capaz de tomar atitudes drásticas para manter seu estado de procrastinação. Como, por exemplo, numa situação hipotética, dar um golpe de Estado para não ter trabalho de disputar nas urnas.

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