sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Bolsonaro não vai parar, taokey!?

A sobrevivência política de Jair Bolsonaro depende do engajamento de sua militância, pois não há nada que o presidente da República possa oferecer ao país, além de ofensas e confusão institucional. O golpismo está no DNA do bolsonarismo e o recuo momentâneo atende ao interesse de quem lhe dá sustentação política, o Centrão, pressionado que estava pelo impeachment.

Além de acalmar o mercado financeiro e tentar esvaziar o protesto dos caminhoneiros, a nota de arrego de Bolsonaro vem às vésperas das manifestações do domingo 12, que ganhou a forma de um movimento essencialmente antibolsonarista, unindo sob a mesma bandeira ‘branca’ lideranças liberais, progressistas e de centro.


Não é à toa que o PT de Lula se recusa a aderir ao protesto, pois tampouco o impeachment de Bolsonaro interessa ao ex-presidiário e aos agentes políticos e econômicos que o apoiam nos bastidores.

Claro está que os principais atores nesse cenário permanecem em suas posições. Bolsonaro não pediu desculpas a Moraes e ao STF, nem o fará; seus filhos permanecerão com a espada de Dâmocles sob a cabeça; Arthur Lira manterá o impeachment engavetado e Ciro Nogueira seguirá com a chave do cofre nas mãos.

Os bolsonaristas fanáticos seguirão se oferecendo ao sacrifício, na esperança de que Bolsonaro, em uma estratégia de guerra mirabolante e inacessível aos reles mortais, “dê um xeque-mate no establishment”.

E o eleitor pagador de impostos, que não suporta a cleptocracia lulopetista e o bolsonarismo genocida, seguirá torcendo por uma terceira via que parece cada vez mais inviável.
Claudio Dantas

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