Ali se transpôs uma linha na hierarquia militar. Ao contrário dos quartéis, onde a obediência é essencial, a razão deve primar no mundo civil —principalmente quando há vidas em jogo. Naquele dia, 155 mil brasileiros já tinham morrido do vírus. Desde então, contando os que morreram por Bolsonaro ter cancelado aquelas vacinas, perdemos outros . Sendo Pazuello, co-autor dessa chacina, um general da ativa, deveria juntar uma medalha às tampinhas de Coca-Cola em sua farda: 155 mil.
Bolsonaro quer pazuellar as Forças Armadas. Sua estratégia de afrontar, submeter, desacatar, subjugar, jungir, domar, humilhar, acoelhar e, em última análise, pôr na linha —na sua linha— o comando da Defesa e das três Armas é uma continuação de outras duas políticas que vem se empenhando em implantar: sublevar as polícias militares, como no gravíssimo episódio em curso na Bahia, e armar a população. Em 31 de março de 1964, o nome disso era subversão.
Nada mal para quem começou condecorando matadores de aluguel. Hoje Bolsonaro tem procuradores e juízes infiltrados nas instituições para lhe dar apoio legal. Já é muita bala a seu favor. Mas ele sabe que precisa controlar a instituição maior.
"O meu Exército", como vive cuspindo. É dele e ninguém tasca.
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