"Você vê que tem governador falando em auxílio emergencial, né, querem fazer o Bolsa Família próprio. Quanto mais gente vivendo de favor de Estado, mais dominado fica este povo", queixou-se Bolsonaro em conversa com um blogueiro dos seus.
Estocada em pelo menos dois governadores: o do Rio, Cláudio Castro (PSC), seu aliado, o do Ceará, Camilo Santana (PT). O programa de Castro prevê o pagamento mensal de até R$ 300 para cerca de 400 mil moradores do estado abaixo da linha da pobreza.
Santana (PT) anunciou na semana passada que pagará um auxílio de R$ 1.000 — duas parcelas de R$ 500— a profissionais de eventos, bares e restaurantes. Haverá também isenção da conta de água de cerca de 490 mil famílias nos meses de abril e maio.
Ora, ora, ora... O governo federal, no ano passado, não pagou um auxílio emergencial a milhões de brasileiros? E não voltará a pagar a partir do próximo mês? Bolsonaro quer faturar sozinho o que agora chama de Bolsa Família dos governadores?
Seu incômodo com a situação que enfrenta é tal que ele passou a criticar seus devotos. Ontem, em resposta a um deles, foi duro:
“Minha senhora, presta atenção em uma coisa. O pessoal tem que reconhecer o sacrifício que a gente faz, tá? Então, o pessoal tem que saber o que que está em jogo, o que que ele pode perder. E não esperar que uma pessoa resolva os seus problemas. Este problema é de todos nós, ok?"
A senhora não respondeu se está ok.
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