No vibrante ecossistema de inovação científica e tecnológica de Israel as descobertas são precoces e propagandeadas aos quatro ventos, mesmo que depois não sejam concludentes. Assim avança a pesquisa —com grande financiamento público e privado— sem medo ao fracasso por resultados efêmeros. E graças também a previsões otimistas, como as de Netanyahu, que persegue a reeleição no mês que vem pela quarta vez em dois anos. “Se (o EXO-CD24) funcionar, será algo enorme, simplesmente enorme, em escala global. Desejo que tenha sucesso”, prognosticou o médico Nadir Arber, diretor da pesquisa que o desenvolve. “Essa coisinha (o spray) pode mudar o destino da humanidade. É algo impressionante”, frisou no dia 8 de fevereiro.
Poucas horas depois, em um pronunciamento conjunto com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, Netanyahu segurou uma amostra do spray, que chamou de “medicamento milagroso”. “Se você está infectado pelo coronavírus, gravemente doente e com problemas pulmonares, pegue isso, inale e começará a sentir-se melhor”, recomendou o chefe do Governo de Atenas.
Três dias depois, Bolsonaro, tachado de negacionista da pandemia, anunciou nas redes sociais que iria ligar para Netanyahu para eventualmente importar o spray ao Brasil. “Você está em estado grave? Toma, poxa. Ou vai esperar ser intubado? Quem fica somente com as vacinas é um idiota, porque é preciso ter várias opções”, enfatizou o presidente durante uma live na última quinta-feira. Antes já havia promovido o uso de outros medicamentos, como a cloroquina, cuja eficácia contra a covid- não foi comprovada.
A ligação foi feita na sexta-feira. “Falamos do medicamento israelense que, até agora, está obtendo grande sucesso no tratamento de casos graves”, disse o presidente. Na segunda, Bolsonaro adiantou que, após conversar com seu “bom amigo” Netanyahu, “enviará uma solicitação de análise à Anvisa” para avaliar uma possível aprovação de uso emergencial do EXO-CD24. O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 240.000 mortes (o que o coloca atrás somente dos Estados Unidos) e quase 10 milhões de contágios.
O EXO-CD24 serve para moderar a espiral inflamatória produzida pelo próprio sistema imunológico dos doentes e para prevenir a chamada tempestade de citocinas, potencialmente letal. “O medicamento é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, por cinco dias, e é dirigido diretamente aos pulmões”, declarou o doutor Nadir Arber ao portal digital Times of Israel. “Os resultados da primeira fase são excelentes”, afirmou por sua vez Roni Gamzu, diretor do hospital Ichilov e ex-coordenador nacional da pandemia em Israel.
A informação disponível sobre o spray “milagroso”, entretanto, continua sendo incompleta. O laboratório do hospital de Tel Aviv ainda não publicou resultados oficiais de sua pesquisa e se ignora, por exemplo, se foi administrado um placebo a um grupo de controle durante o teste.
Há aproximadamente um ano, a imprensa israelense publicou a iminente obtenção de uma vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Biológica. O centro, ligado ao Ministério da Defesa e ao Gabinete do primeiro-ministro, ainda continua trabalhando em sua busca. O primeiro voluntário do teste em andamento foi inoculado neste mês com um placebo.
A ligação foi feita na sexta-feira. “Falamos do medicamento israelense que, até agora, está obtendo grande sucesso no tratamento de casos graves”, disse o presidente. Na segunda, Bolsonaro adiantou que, após conversar com seu “bom amigo” Netanyahu, “enviará uma solicitação de análise à Anvisa” para avaliar uma possível aprovação de uso emergencial do EXO-CD24. O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 240.000 mortes (o que o coloca atrás somente dos Estados Unidos) e quase 10 milhões de contágios.
O EXO-CD24 serve para moderar a espiral inflamatória produzida pelo próprio sistema imunológico dos doentes e para prevenir a chamada tempestade de citocinas, potencialmente letal. “O medicamento é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, por cinco dias, e é dirigido diretamente aos pulmões”, declarou o doutor Nadir Arber ao portal digital Times of Israel. “Os resultados da primeira fase são excelentes”, afirmou por sua vez Roni Gamzu, diretor do hospital Ichilov e ex-coordenador nacional da pandemia em Israel.
A informação disponível sobre o spray “milagroso”, entretanto, continua sendo incompleta. O laboratório do hospital de Tel Aviv ainda não publicou resultados oficiais de sua pesquisa e se ignora, por exemplo, se foi administrado um placebo a um grupo de controle durante o teste.
Há aproximadamente um ano, a imprensa israelense publicou a iminente obtenção de uma vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Biológica. O centro, ligado ao Ministério da Defesa e ao Gabinete do primeiro-ministro, ainda continua trabalhando em sua busca. O primeiro voluntário do teste em andamento foi inoculado neste mês com um placebo.
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