O problema é que Bolsonaro escolheu o pior ministério da História, com algumas exceções, é claro, e o conjunto da obra do governo está transformando o Brasil num pária internacional ou “pária diplomático”, como prefere o chanceler Ernesto Araújo, que é destaque apadrinhado pelo filósofo Olavo de Carvalho e desfila na Comissão de Frente da irresponsabilidade institucional.
Aliás, o tão competente no combate à corrupção que a Agência Brasileira de Informação (Abin) já pediu a demissão dele, por considerá-lo um obstáculo às manobras para inocentar o senador Flávio Bolsonaro, denunciado por prevaricação, lavagem de dinheiro e outros crimes, vejam só a que ponto chegamos.
Como diria o estadista Oswaldo Aranha, o atual governo é um deserto de homens e ideias, incluindo o multiministro da Economia, Trabalho, Previdência etc., Paulo Guedes, cujo prazo de validade está mais do que vencido.
O pior dessa situação é que o próprio Guedes sabe que o Brasil vai mesmo se transformar num pária internacional, em termos econômicos e diplomáticos, caso não interrompa imediatamente a perseguição à Lava Jato, à Receita Federal, ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao Conselho de Controle de a Atividades Financeiras (Coaf).
Organismos internacionais, como o Banco Mundial (Bird), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Transparência Internacional (TI), monitoram atentamente o combate à corrupção, lavagem de dinheiro, improbidade e enriquecimento ilícito em todos os países.
Os Estados Unidos, por exemplo, mantêm quatro instituições monitoradoras de atividades financeiras. O Brasil só tem a Coaf, que chegou a ser blindada pelo governo e o Supremo interveio, através do ministro Alexandre de Moraes.
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