Os militares já deveriam ter desembarcado do governo há muito tempo. Aliás, jamais deveriam ter embarcado num governo de um presidente autocrático, que não tem nenhum projeto para o país, a não ser o favorecimento dos seus interesses pessoais e os de sua família. Bolsonaro é tudo, menos nacionalista. Nacionalista é o presidente da Índia, Ram Nath Kovind, que deu uma duríssima lição ao governo brasileiro, negando, num primeiro momento, os dois milhões de doses da vacina Oxford/AstraZaneca que Bolsonaro buscou adquirir enquanto desprezava a eficácia da CoronaVac, chamando-a de “vacina chinesa do Doria” e afirmando que seus usuários iriam “virar jacaré”.
O presidente do Brasil e os militares brasileiros no governo são corresponsáveis pela tragédia sanitária do país, agravada pela cloroquinazação da saúde pública. Uma vez que se entra na política, não dá para tirar o corpo fora. A conta sempre chega! Hoje, infelizmente, é cada vez mais difícil desvincular a imagem das Forças Armadas dos militares que integram o governo. Querendo ou não, particularmente quando estão na ativa, eles carregam a imagem da instituição, pondo em risco o legado refeito após a redemocratização.
As Forças Armadas são o último recurso da soberania nacional. A participação maciça de militares no Executivo federal, onde existem mais de seis mil membros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, da ativa e reserva, faz com que as Forças Armadas deixem de ser vistas como uma instituição de Estado e passem a ser associadas ao governo. Neste caso, um governo capitaneado por um presidente visivelmente contrário à democracia, à ciência e à vida.
A corporação militar possivelmente não sairá incólume da gestão Bolsonaro. Os militares fizeram um cálculo político errado. Era previsível que sua participação no governo resultaria no comprometimento de sua idoneidade. Ao contrário do que vemos nos Estados Unidos, onde o comando militar se opôs às tentativas autogolpistas de Trump e seus asseclas, no Brasil as Forças Armadas perdem oxigênio. Em que pese a opinião contrária de muitos de seus membros, como é caso do comandante do Exército, Edson Pujol, quanto mais Bolsonaro asfixia a caserna, retirando seu oxigênio, mais as Forças Armadas correm o risco de entrar para a história como uma instituição que participou de um governo desastroso, considerado por muitos um dos piores do país.
Pedro Castelo Branco / Lier Pires Ferreira
As Forças Armadas são o último recurso da soberania nacional. A participação maciça de militares no Executivo federal, onde existem mais de seis mil membros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, da ativa e reserva, faz com que as Forças Armadas deixem de ser vistas como uma instituição de Estado e passem a ser associadas ao governo. Neste caso, um governo capitaneado por um presidente visivelmente contrário à democracia, à ciência e à vida.
A corporação militar possivelmente não sairá incólume da gestão Bolsonaro. Os militares fizeram um cálculo político errado. Era previsível que sua participação no governo resultaria no comprometimento de sua idoneidade. Ao contrário do que vemos nos Estados Unidos, onde o comando militar se opôs às tentativas autogolpistas de Trump e seus asseclas, no Brasil as Forças Armadas perdem oxigênio. Em que pese a opinião contrária de muitos de seus membros, como é caso do comandante do Exército, Edson Pujol, quanto mais Bolsonaro asfixia a caserna, retirando seu oxigênio, mais as Forças Armadas correm o risco de entrar para a história como uma instituição que participou de um governo desastroso, considerado por muitos um dos piores do país.
Pedro Castelo Branco / Lier Pires Ferreira
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