A sensação que se tem de viver no Brasil é a de um passageiro no Boeing da Golssonaro no meio do Atlântico, sem combustível e com um comandante maluco. A ministra Damares é a aeromoça que não serve nada, e o comissário que fala em “ingrêis” é o ministro da “inducasão”, o “profeçor” Simon Weintraub, que avisa que, se o avião cair, não vai mudar a data do Enem, mesmo porque ninguém será aprovado.
Chamar o presidente Jair BolsoAdolf de louco é um insulto aos malucos, que têm como líder máximo o grande (quer dizer, pequeno) Napoleão Bonaparte. Existem outras correntes (uma contínua e outra alternada) que discordam. Para alguns, Nero é o maior insano de todos os tempos. Outros, que acham que são Jesus Cristo, e, portanto, têm direito ao título. Mas esses caras todos não sabem do que estão falando, pois eu, Agamenon Mendes Pedreira, enquanto Deus, o criador de todas as coisas, onipresente, onipotente e onisciente, ainda não tive tempo para resolver esse assunto.
Por outro lado, classificar Jair Bolzonazi de besta também constitui em ofensa grave e preconceituosa contra as mulas, jumentos, burros, jegues e outras cavalgaduras que sempre foram muito úteis à humanidade. A única coisa que esses animais fofinhos e o BolsonAsno possuem em comum é o fato de terem quatro patas. Aliás, o presidente em exercício afirmou ter um “histérico” de “atreta” no Exército (de onde foi “aposentado” com honras), o que me fez pensar em uma hipótese.
Sigam-me no meu raciocínio: se o Messias tivesse servido na cavalaria, como montaria equestre, a história do Brasil seria outra. Depois de anos de pulos, saltos, trotes e galopes, Jair seria reformado como tenentequino-capitão e passaria o resto de seus dias em um pasto dedicado à reprodução do zero-1, zero-2, zero-3 e do zero-4 — que, por sinal, é um garanhão.
Ao contrário, como não sabia fazer nada por vocação, a Besta do Apocalipse foi parar na política, onde, durante anos, deu prosseguimento à sua incansável inatividade, não apresentando nenhum projeto. Na verdade, só havia um projeto: eleger os filhos democraticamente para que, mais tarde, pudessem defender a volta da ditadura.
No Rio de Janeiro, Bolsosaco tem uma casa na Barra da Tijuca Pesada. Nesse aprazível condomínio litorâneo à margem da lei, também vivem seus filhos (01, 02, 03, 04 e o zero à esquerda), o Queiroz, policiais e outros milicianos de alto coturno. Por que o Bolsoanarco não se contentou em ser síndico? O máximo que ele ia fazer era proibir os transgêneros de frequentarem a piscina.
Como todos os meus 17 seguidores e meio (não esqueçam do anão que, por conta de sua altura, só recebe 300 reais de benefício do Caixão Econômico) estão cansados de saber, os milicianos são uma espécie meliante com deformação militar. Além de um bico na polícia ou nos bombeiros, recebem um por fora, infernizando a vida das comunidades carentes, onde viraram concorrentes dos traficantes. Com essa concorrência desleal, os milicianos já superaram os traficantes naquilo que sabem fazer melhor: o tráfico de influência e assassinato de reputações.
Essa novela não acaba e, o que é pior, é reprise. A agora ex-secretária de InCultura, Regina Desastre, a “Bolsonarinha do Brasil”, surtou diante das câmeras da CNN, interpretando seu mais famoso personagem, a Viúva Cloroquina. Se eu fosse crítico de teatro, escreveria o seguinte: “Neste espetáculo dantesco, o enredo do monólogo foi péssimo, a atuação da atriz principal lamentável e a direção deveria ser suspensa pelo STF (Supremo Teatral Federal)”. Outra coisa deve ser observada: o espectador não consegue entender se o triste espetáculo é uma comédia, drama ou tragédia. Deveriam devolver o dinheiro do ingresso na Caixa Econômica.
Agamenon Mendes Pedreira é sargento de milícia desmemoriado
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