Desta vez, porém, o protagonismo ficou com o “Posto Ipiranga”, o ministro Paulo Guedes, que, ao debochar das empregadas domésticas e chamar os funcionários públicos de “parasitas”, virou boneco nos blocos carnavalescos, meme nas redes sociais e manchete de jornal como Caco Antibes, popular personagem humorístico de Miguel Falabella que se orgulhava de detestar pobre.
Pior: despertou a curiosidade da imprensa para a própria situação de servidor do ministro. Descobriu-se, por exemplo, que, além do salário de R$ 30,9 mil por mês, ele recebe R$ 8 mil em auxílio-moradia e alimentação, sem contar as passagens aéreas pagas pelo governo. Outra revelação é a de que um grupo de funcionários do Ministério da Economia ganhou em 2019 quase R$ 1milhão em gratificações.
A propósito. Ao comentar a redução do espaço da biblioteca da Presidência da República para abrigar a primeira-dama e sua equipe, Ancelmo Gois escreveu: “Bolsonaro e biblioteca é quase um oximoro”. Como o capitão pode achar que se trata de um palavrão e querer usá-lo contra a mãe de algum repórter, um esclarecimento: oximoro é uma figura de linguagem que ocorre quando duas palavras incompatíveis aparecem juntas. É o mesmo que contradição.
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