Os dois primeiros trimestres do governo terminaram com queda na atividade. O IBC-Br do segundo trimestre caiu 0,13%, após o recuo de 0,68% de janeiro a março. O resultado sugere uma recessão técnica no PIB, que tem um cálculo diferente e será divulgado pelo IBGE dia 29 deste mês. O governo desperdiçou um tempo precioso.
Normalmente, o começo de mandato é a lua de mel. Depois de uma eleição vem a esperança do recomeço, que é bom para a economia. É a hora de alimentar o otimismo e colocar o país para frente. A confiança cresceu entre as empresas e as famílias, até o governo começar. Mas o jeito de governar do presidente Jair Bolsonaro, criando confrontos e atritos, tem um efeito ruim na economia. É preciso foco. Foi assim que a Câmara conseguiu aprovar a reforma da Previdência em dois turnos.
A onda de desconfiança que se viu esses meses é, fundamentalmente, responsabilidade do governo. O PIB do segundo semestre pode até ser ligeiramente positivo. Mesmo se vier um dado negativo, o resultado do ano deve ficar no azul, uma alta em torno de 0,8%. Confirmado o resultado, será um desempenho pífio para o primeiro ano do governo. Nos últimos dois anos, que foram ruins, o PIB avançou mais, 1,1% em 2017 e 2018.
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