quinta-feira, 11 de julho de 2019

Reflorestamento pode retirar 25% do gás carbônico do ar

Foi publicado na última edição da revista científica Science o estudo mais abrangente até agora em relação à prática do reflorestamento. A pesquisa, realizada por cientistas do laboratório Crowther, da Suíça, foi a primeira a quantificar quantas árvores a Terra consegue suportar, além de estipular onde seria melhor plantá-las e de estimar quanto dióxido de carbono essas plantas poderiam armazenar.

De acordo com os resultados obtidos, cerca de 25% dos níveis de carbono da atmosfera seria retirado do ar se o reflorestamento atingisse seu ápice. A última vez em que esses níveis foram registrados no planeta já faz quase um século — desde então, os números são crescentes.

O plantio é uma ótima forma de diminuir os níveis de gás carbônico de um ambiente, uma vez que, durante o processo de fotossíntese, elas “puxam”o CO2 do ar. O gás é responsável por grande parte do aquecimento global e das demais mudanças climáticas, e sua presença em excesso pode ser muito danosa à natureza.

Por meio da análise de quase 80 mil florestas e das imagens disponíveis no Google Earth, os pesquisadores geraram um modelo que prevê a potencial cobertura verde que as plantas proporcionariam ao planeta — o chamado ápice do reflorestamento.

A conclusão foi de que a Terra conseguiria suportar 900 milhões de hectares de árvores, as quais, quando maduras, sequestrariam cerca de dois terços de todo o carbono emitido pela atividade humana. Grande parte da capacidade de suportar essas novas árvores está concentrada em seis países: Rússia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil e China.

Segundo os cientistas, o estudo claramente comprova que o reflorestamento é atualmente a melhor solução para reverter as mudanças climáticas. No entanto, as ações devem ser urgentes. Segundo o artigo, a extensão das áreas em que o reflorestamento é possível depende diretamente do clima e da temperatura. Assim, se até 2050 a temperatura global subir “apenas” 1,5°C (que é o objetivo atual das grandes nações), o território disponível para o replantio seria 20% menor do que o de hoje.

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