Deixarei de me juntar aos apoiadores do atual governo porque a essência desta manifestação é o protesto contra o Supremo e o Congresso, que merecem as críticas, porém o movimento não é do povo, para o povo e pelo povo, que continuará de fora das decisões palacianas, mesmo sendo solidário ao Executivo.
Fosse a reação dessas pessoas em favor do pobre, do miserável, do necessitado, por uma outra educação e de nível, como protesto pela saúde pública deteriorada … confesso que eu iria, e de bandeira em punho.
Porém esta manifestação, exclusivamente para auxiliar Bolsonaro a mostrar que ainda tem a confiança do povo, estou fora. Na verdade, quem deveria fazer uma passeata imensa, com extrema sinceridade e verdade, são os Três Poderes, implorando para que o cidadão brasileiro volte a confiar nas autoridades constituídas!
Apoiar um dos poderes, o mais incompetente, sem criatividade, que apenas aumenta impostos ou inventa novos, foge completamente às minhas intenções de solidariedade aos que hoje ainda não se alimentaram, e não sabem se vão conseguir algum resto de comida!
Eu sairia às ruas berrando pelo nome de Bolsonaro, se ele tivesse apresentado medidas imediatamente à sua posse, no sentido de incentivar o emprego, se tivesse criado frentes de trabalho, se abrisse o Brasil para licitações à construção de ferrovias, rodovias, pontes, elevados, viadutos, túneis, escolas, hospitais … até mesmo pedisse ao inútil e corrupto Congresso que liberasse a instalação de cassinos, meio excelente de empregar centenas de pessoas diretamente e milhares indiretamente!
A ideia do presidente era uma só, e continua, uma espécie de obsessão: a reforma da Previdência!
Se dizem que não vai prejudicar o pobre, mentem desbragadamente, incluindo alguns comentaristas que tentam negar a realidade, pois se alguém me provar que o pobre não terá de trabalhar bem mais para ter a sua aposentadoria completa, logo, mais tempo para ter o que é seu, que antes poderia ser quando completasse 35 anos de semiescravidão, o engodo, enganar o povo é a intenção!
A tal reforma poderia ser feita após a metade do tempo governamental, quando o emprego tivesse reagido, a economia mais forte, uma auditoria da Previdência, a caça aos sonegadores, outra auditoria sobre a dívida pública, incluindo reformas fiscais, políticas, educacionais…
Nada disso Bolsonaro levou adiante.
Logo, o meu apoio ao seu governo, Bolsonaro não o terá. Não que eu seja contrário à passeata, às manifestações populares, claro que não.
Eu apenas gostaria que o povo que sairá às ruas hoje se lembrasse dos que não têm voz, representatividade, solidariedade e respeito de nossos governantes. Além disso, os mais carentes são sistematicamente esquecidos pelas faixas mais privilegiadas da população. É como se eles não existissem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário