O ministro da Economia, por exemplo, é altamente suspeito. Ligado aos banqueiros, jamais dá uma só palavra sobre a dívida pública, que é o maior desafio brasileiro, e se comporta como se a reforma da Previdência fosse resolver milagrosamente todos os problemas do país.
Melhor faria o economista Paulo Guedes se comparecesse ao Ministério Público Federal e prestasse depoimento sobre o prejuízo que causou a vários fundos de pensão. Se é inocente, porque se recusou a prestar depoimento e agora se esconde sob o manto do foro privilegiado?
Como diria Ary Barroso, o ministro Guedes está levando o país por “caminhos tristonhos”. Deveria mandar fazer auditorias sobre a Previdência e a dívida pública, deixar as coisas bem claras, mas ele segue à risca a definição de que “a estatística é a arte de torturar os números até que confessem os resultados que são desejados”.
Para demonstrar a má fé de Guedes, estamos publicando diariamente os demolidores artigos da auditora Maria Lúcia Fattorelli, considerada uma das maiores especialistas mundiais em finanças públicas.
Detalhe importante: seus argumentos sobre a “maquiagem” para criar déficits nas contas da Previdência jamais foram respondidos pelos governos de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, que seguiram a mesma trilha de apoio aos interesses dos banqueiros.
Com a divulgação das conversas com Bebianno, deu para perceber que Bolsonaro é inseguro e limitado, segue a orientação dos filhos e acredita em conspirações. Mandou proibir que os ministros entrem com celulares nas reuniões do primeiro escalão, embora permita que o filho Carlos e o sobrinho Léo Índio assistam a essas reuniões de celulares em punho, conforme foto publicada em O Globo.
Com ministros desqualificados na Economia, Educação, Relações Exteriores, Meio Ambiente, Turismo e Direitos Humanos, o que segura o governo é a ala militar, mas acontece que nenhum dos generais defende a realização das auditorias nem tenta evitar o desmonte da Previdência. Eles somente se preocupam com os interesses corporativos dos militares, esquecidos da mensagem de Francisco Barroso, alertando que o Brasil espera que cada um cumpra seu dever.
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