A negociação com os empresários tende a ser mais difícil. A recuperação da economia ainda é lenta, e o setor privado não tem demonstrado nenhuma vontade de transferir mais dinheiro para o governo.
O ministro teve uma amostra do mau humor na segunda-feira, durante jantar em Brasília. Quando ele mencionou a proposta do fundo, um executivo de multinacional lembrou que as empresas já estão no sufoco para pagar os impostos.
Numa tentativa de dissipar o constrangimento, o empresário perguntou se haveria uma forma de colaborar sem coçar o bolso. Jungmann respondeu com generalidades e mudou sutilmente de assunto.
Antes de passar a sacolinha, o governo deveria informar o que pretende fazer com os recursos. Até hoje, não conseguiu sequer apresentar um plano para a intervenção no Rio, que completará um mês na sexta-feira.
Numa tentativa de dissipar o constrangimento, o empresário perguntou se haveria uma forma de colaborar sem coçar o bolso. Jungmann respondeu com generalidades e mudou sutilmente de assunto.
Antes de passar a sacolinha, o governo deveria informar o que pretende fazer com os recursos. Até hoje, não conseguiu sequer apresentar um plano para a intervenção no Rio, que completará um mês na sexta-feira.
O Estado já forneceu um exemplo de como a ideia da caixinha pode desandar. Em agosto de 2010, Cabral reuniu executivos no Palácio Guanabara e anunciou um fundo para bancar as UPPs. O discurso era o mesmo: usar dinheiro privado para turbinar os investimentos em segurança. A estrela do grupo era Eike Batista, que prometeu repassar R$ 20 milhões por ano. A CBF, ainda sob o comando de Ricardo Teixeira, também entrou no rateio.
Tempos depois, o ex-governador e o ex-bilionário foram presos, acusados de corrupção. O ex-cartola continua solto, mas não se arrisca a sair do país. As UPPs foram abandonadas, e o governo nunca prestou contas das doações que recebeu.
Tempos depois, o ex-governador e o ex-bilionário foram presos, acusados de corrupção. O ex-cartola continua solto, mas não se arrisca a sair do país. As UPPs foram abandonadas, e o governo nunca prestou contas das doações que recebeu.
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