Acabou-se a Monarquia,
Logo após a abolição
Da terrível escravatura,
Mancha maior da Nação,
Foi proclamada a República
Na Praça da Aclamação.
II
Deodoro da Fonseca,
Um marechal nordestino,
Depôs Dom Pedro Segundo,
Que era fidalgo e fino,
E assumiu o poder,
Comandando seu destino.
O vice de Deodoro
Também era alagoano,
Mais enérgico e arrojado,
Já tomou conta do plano,
Logo assumiu o poder
O marechal Floriano.
IV
Por anos foi planejado
O final da Monarquia:
O grupo positivista
Trabalhou de noite e dia,
Conspirando dia e noite
Junto com a Maçonaria.
V
A República se instalou
Repleta de esperança,
Prometendo para o povo
Novo mundo de bonança,
Porém as velhas raposas
Descompensaram a balança.
VI
Quem sempre foi monarquista
Mudou na hora de plano,
Rasgou título de nobreza
(Coisa boa é ser mundano),
Gritando a plenos pulmões:
- Eu sou é republicano!
VII
Quem mamou a vida inteira
Nas tetas da Monarquia
Mamou também na República
E mama ainda hoje em dia,
E o povo do mesmo jeito,
Com a panela vazia.
VIII
Quem tinha capitanias
Para juntar capitais,
Quem ganhava com o tráfico
De humanos como animais,
Ganha hoje corrompendo
Nas empresas estatais.
IX
O político que vendia
O voto ao imperador,
Que comprava com banana
O voto do eleitor,
Hoje faz do mesmo jeito,
Deputado e senador.
X
Prefeito, vereador,
Oh terra pra ter ladrão,
O povo pede mudança
Arroz, farinha e feijão,
Por isso para mudar
Nesta próxima eleição,
Não compre nem venda voto,
Abaixo a corrupção!
Miguezim da Princesa
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