Manchete principal nas edições desta terça-feira de O Estado de São Paulo e de O Globo, a Polícia Federal acusou frontalmente Michel Temer, Gedel Vieira Lima e Eduardo Cunha, além dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco de corrupção organizada e irrigada por um lance de propina no montante de 31 milhões de reais. No Estado de São Paulo a reportagem é de Beatriz Gulla, Fábio Serapião e Andreza Mataes, no Globo matéria de página inteira saiu sem assinatura. Mas assinada por Bruno Pires no Estadão, que destacou a versão de Joesley Batista a respeito de como subornava políticos do país.
A Polícia Federal disparou a reação provavelmente contra a iniciativa do ministro Torquato Jardim de substituir Leandro Daielo da direção geral da PF. Mas este aspecto, quanto à motivação, importa pouco. O essencial é que jamais na História do Brasil, até esta terça-feira, a Polícia Federal havia formulado denúncia tão frontal contra um presidente da República, em particular, e contra um governo de modo geral.
Causou assim um impacto da força de um vendaval que demoliu o esquema de poder, como comprova a falta de reação do Planalto a uma entidade de segundo escalão na hierarquia ministerial. O governo explodiu e a demolição tornou-se o cenário do poder. O Globo e O Estado de São Paulo que ontem circularam vão se tornar peças importantes de um triste período da vida brasileira. A Esplanada do Ministérios em Brasília foi varrida do mapa da moralidade pública.
A tal ponto que o único reflexo assinalado por Brasília foi o da indicação do deputado Carlos Marun para relator da CPMI para desinvestigar Joesley Batista e a atuação da JBS no panorama governamental. A reação descambou para o ridículo, na medida em que atribuiu a Marun uma reação impossível. Pois o deputado é o relator mas não é o único tradutor dos caminhos que a Comissão Parlamentar Mista, de Senado e Câmara, vai percorrer. A CPMI inevitavelmente terá que convocar Joesley Batista e Rodrigo Janot, sob pena de tornar-se uma tentativa frustrada, logo na decolagem para o reino da fantasia.
A tal ponto que o único reflexo assinalado por Brasília foi o da indicação do deputado Carlos Marun para relator da CPMI para desinvestigar Joesley Batista e a atuação da JBS no panorama governamental. A reação descambou para o ridículo, na medida em que atribuiu a Marun uma reação impossível. Pois o deputado é o relator mas não é o único tradutor dos caminhos que a Comissão Parlamentar Mista, de Senado e Câmara, vai percorrer. A CPMI inevitavelmente terá que convocar Joesley Batista e Rodrigo Janot, sob pena de tornar-se uma tentativa frustrada, logo na decolagem para o reino da fantasia.
A representação parlamentar do governo pode incluir a maioria de senadores e deputados, mas nunca a totalidade de seus integrantes. Assim o projeto de desviar as atenções da opinião pública e a busca de diluir as denúncias não surtirão efeito favorável ao sistema de poder. Pelo contrário. As sessões do reino fantástico vão esbarrar na cortina do irrealismo implantado pela verdade dos fatos e pela consciência da população brasileira.
A manobra saiu pela culatra. O Planalto esqueceu os jornais e as emissoras de televisão que vão acompanhar o desenrolar das cenas que ficarão gravadas na memória. A exemplo das gravações de Joesley Batista e Ricardo Saud, da filmagem de Rocha Loures, da gravação do encontro noturno do controlador da JBS com o presidente da República na residência oficial de Michel Temer, no Palácio Jaburu.
A soma dos fatores conduz a um resultado péssimo para o governo, que, nesta altura dramática do desabamento, está sendo exposto com luzes fortes ao julgamento popular. Do julgamento popular surgirão reflexos que vão emoldurar o episódio desencadeado pela Polícia Federal no mapa da História do Brasil para sempre.
A manobra saiu pela culatra. O Planalto esqueceu os jornais e as emissoras de televisão que vão acompanhar o desenrolar das cenas que ficarão gravadas na memória. A exemplo das gravações de Joesley Batista e Ricardo Saud, da filmagem de Rocha Loures, da gravação do encontro noturno do controlador da JBS com o presidente da República na residência oficial de Michel Temer, no Palácio Jaburu.
A soma dos fatores conduz a um resultado péssimo para o governo, que, nesta altura dramática do desabamento, está sendo exposto com luzes fortes ao julgamento popular. Do julgamento popular surgirão reflexos que vão emoldurar o episódio desencadeado pela Polícia Federal no mapa da História do Brasil para sempre.
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