Sorrindo sempre, falaram de tudo. Mas tiveram o cuidado de não dar nome aos palhaços. Poderiam nos ofender. Mais ainda.
Foi overdose. Gravações, vídeos, imagens, documentos, tudo à disposição, exposto em praça pública. Não faltam opiniões, analises, comentários. Acompanhar tudo isso é trabalho para tempo integral. Impossível para aqueles que, por desenho, destino, ou desejo são obrigados a trabalhar para ganhar a vida.
Ouvindo tudo, ou um pouco, dependendo do tempo disponível e da força do estomago de cada um, vem os sentimentos naturais. Revolta, náusea, indignação, desejo de justiça. Tudo isso. De tudo um pouco. Ou melhor, de tudo, um muito.
De todos os arrependimentos, talvez um dos maiores tenha sido levar a sério o que diziam os donos do picadeiro. Quanto tempo perderam os analistas econômicos e políticos discutindo as orientações ideológicas de cada medida, argumento, ou política econômica. Foi desperdício de tempo, tinta, papel, pixels. Nem direita, nem esquerda. Eram simplesmente uma questão de preço.
As revelações merecem arrependimento maciço nas redes sociais. Tanta energia gasta sem sentido, defendendo este ou aquele personagem. Desentendimentos desnecessários. Inúteis por natureza. Amizades perdidas. Talvez não seja tarde demais para reata-las.
Alguns argumentam que está melhorando. Dizem que as instituições funcionaram ou funcionam. Visão otimista. Nesta altura, o máximo que dá para dizer é que o circo pegou fogo. Com a lona em chamas, os donos do circo se desesperam. E muitos são carbonizados pelas chamas.
Mas atenção. Todo o cuidado é pouco nesta hora. É bom não se animar. O enredo ainda é imprevisível.
Não está claro se os palhaços morrem no fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário