segunda-feira, 17 de abril de 2017

Como é que fica? Ou não fica?

Há 418 políticos, de 26 partidos, só na lista do Facchin, envolvidos na contravenção da Odebrecht, e um terço deles, segundo os jornais, dobrou o patrimônio, em 15 anos, quando não triplicou, quadriplicou e aumentou em enésimo valor o que possuía quando assumiu cargos. Tudo com as benesses de um caixa 2 pródigo de apenas uma grande empresa, quando ainda há outras prontas a dedurar ainda mais a ladroagem pública.

Os números deixam de cabelo em pé mesmo notórios corruptos da história, que lamentam não ter conseguido tanto e ainda menos prestigiado tão imensa folha de correligionários.

Paixão

Ninguém tem ainda como levantar o prejuízo do país com a enxurrada de quantias imensamente expressivas mesmo para os maiores bilionários da lista da Forbes, que nunca conseguiram tanto sucesso em tão pouco tempo de trabalho.

Serão anos para se dimensionar o prejuízo provocado pela corrupção endêmica protagonizada pelos anos de desvario criminoso. E se está apenas no começo do levantamento das fortunas desviadas do contribuinte para bolsos privados da ratatuia.

Até lá haverá sofrimento e quem pagará? Em tempos não tão politicamente corretos, seria caso de se pedir cabeças. No entanto, apontam juristas, o país tem a mais moderna legislação para punir corruptos inclusive em cumprimento à exigência internacional de combate ao terrorismo. Não é consolo para um país de violentados em seus direitos por assalto político ao cofre de todos, nem garantia de aplicação máxima da lei - aqui sempre em doses menores conforme a escala social.

Há ampla movimentação, e se revela na mídia, para que muitos criminosos sejam absolvidos pela prescrição ou faltas de provas, independente do evidente enriquecimento ilícito e do conluio com a corrupção, que até hoje não foi enquadrada como assassinato, no caso público, por seu alto teor de criminalidade.

O que vem por aí, depois da tempestade de delações, infelizmente, deve ser mesmo uma anistia só não é estendida ao contribuinte, que continuará a pagar bem caro pelo enriquecimento ilícito dos políticos. Tudo em nome de que é preciso haver políticos, como se só estes que aí estão são os únicos no mundo. Pena haver um país que precisa salvar políticos criminosos em nome da tão discutível governabilidade.
Luiz Gadelha

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