Quanto ao sistema de voto em lista partidária, pode ser uma boa ideia. Desde que:
Os candidatos sejam escolhidos por voto direto pelos filiados ao partido (que estiverem em dia com suas mensalidades... rsrs). E a lista eleitoral obedeça à ordem dos mais votados e ponto final.
Que não existam candidatos “natos”, como os que já têm mandato, ou “preferenciais”, como os dirigentes partidários. Ou “honorários”, como medalhões do partido. Mulheres terão cota na lista? E negros? E LGBT? Sem democracia interna, a lista se torna só um instrumento da elite partidária para exercer sua vontade.
Os caciques aceitarão a lista dos candidatos eleitos pelos filiados? Mesmo se obrigados a fazer prévias, encontrarão formas de fraudá-las? Vão filiar gente para comprar-lhes os votos?
Ou seja, o voto em lista é uma boa ideia, mas para os políticos, não para os eleitores.
Falando em reforma eleitoral, a quem interessa o voto dos que votam por obrigação? Em quem votam essas pessoas que votam de má vontade? Quem elas ajudam a eleger? Os piores, é claro!
Dizem que elas têm que aprender a votar, votando, mesmo contrariadas. Não, elas não aprenderão, porque não querem aprender, só vão contribuir para enfraquecer o peso dos votos mais conscientes e baixar o nível dos eleitos.
Nelson Motta
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