Esta quadrilha é reflexo e ressonância de uma outra, muito maior, disseminada numa boa conjunção de países que professam em suas administrações a presença do organismo público – e sua consequente inflexão ao roubo do dinheiro alheio – como parte de um tipo de administração onde o “azeite” da máquina pública é a confraria ou o dinheiro, distribuído em inconfessáveis interesses. Na margem de tudo isso, a sociedade pagante.
Vamos ter um pingo de bom senso, meus caros e pacatos cidadãos. Eu topo pagar mais imposto, desde que me provem que o judiciário funciona, que as instituições funcionam, que o peleguismo sindical será combatido junto com as organizações criminosas, que as organizações não-governamentais narco-dependentes do Governo serão varridas da coisa pública e que os nossos agentes públicos pimpões terão rígidas funções de mérito e metas a cumprir.
Que tal isso? Isso ninguém quer defender, não é mesmo? Preferem defender mesmo o simplismo tacanho da volta da CPMF ao lombo dos contribuintes. Eu sabia que desse mato não sairia coelho. Eu lamento pelo jornalismo que se professa por aí. Está perdendo o senso do ridículo e a pouca vergonha ostentada na cara parva. É um espanto.
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