sábado, 19 de novembro de 2016

O fedor continua o mesmo

Nem sequer empossado, Donald Trump, sabe-se lá até quando, continua a ser o terror para os ... comentaristas brasileiros! Talvez por não ter do que falar, independente dos analistas internacionais, ninguém deixa de dar seu pitaco na política norte-americana.

Enquanto se apavoram com o bilionário presidente eleito, o fogo vai se alastrando na taba tupiniquim. Os assombrados pelo fantasma Trump ainda discutem aqui um ressurgimento da direita contra o enfraquecimento das esquerdas de todos os matizes.

Parece que não há voz na mídia para alertar que há uma guerra interna brasileira, cada vez mais nítida, entre os Poderes e o país. Os políticos não admitem punição judicial por seus crimes deslavados e confabulam em bloco para impor um golpe contra as instituições em nome da permanência na gestão quadrilheira que garanta privilégios e salários (deles). 


Se Lula, sem governo, comanda suas tropas para pedir socorro internacional, de quebra blindando os petistas ainda soltos, os cangaceiros de Renan e a tropa de choque palaciana de Temer articulam uma cama de gato na Justiça. Não há santos, mas milhares de endiabrados bandidos prontos a pisotearem qualquer legislação em nome de uma governabilidade facínora.

Não há aqui o estabelecimento de uma política de direita, como muitos alegam, depois do impeachment. O que existe nos gabinetes de todas as cores é a articulação, às claras, sob os holofotes da imprensa, de um ippon na população. É o silenciamento para que tudo fique como dantes na quartelada política. Os cães não querem largar o osso com que vêm sustentando as regalias familiares e amigas.
Luiz Gadelha

Nenhum comentário:

Postar um comentário