Organizada pelo trio Lula da Silva, Sérgio Cabral e Eduardo Paes (verdadeira formação de quadrilha), a Copa do Mundo foi apenas uma maneira de facilitar o enriquecimento ilícito desse tipo de político, com superfaturamento de obras suntuosas e inúteis, que jamais poderiam ter sido consideradas prioritárias num país ainda subdesenvolvido como o Brasil.
Mas apenas a Copa não era o bastante para satisfazer esses políticos roedores, eles tinham também de dar um jeito de realizar uma Olimpíada, mesmo depois do fracasso financeiro de Atlanta, nos Estados Unidos, de Barcelona, na Espanha, de Atenas, na Grécia, de Pequim, na China, de Sidney, na Austrália, e de Londres, na Inglaterra, segundo uma análise implacável feita pela Associação Internacional de Economistas e Esportes (IASE).
Olimpíada pode dar prestígio e até atrair turistas futuros, mas não registra lucro. O resultado é sempre o mesmo: dívidas, estádios e parques vazios, desilusão. Um estudo feito pela Monash University da Austrália descobriu que não houve nenhum benefício tangível ou “impulso econômico” a partir dos Jogos Olímpicos de Sidney.
Em todos os países, as autoridades se vangloriam dos lucros e dos legados. Os ingleses gastaram 9 bilhões de libras, uns R$ 30 bilhões. David Cameron, primeiro- ministro, anunciou um lucro final de “13 bilhões” de libras, algo como R$ 42 bilhões. Houve gargalhadas e deboche na mídia. O respeitado The Guardian, mais importante jornal inglês, ridicularizou as declarações sobre o falso lucro: “Isso é lixo”.
Nem mesmo Barcelona serve de exemplo de suposto sucesso. Um ano depois da Olimpíada, os hotéis tinham uma queda entre 50% e 80%. A prosperidade da cidade, que veio depois, é atribuída aos vôos baratos e ao posterior boom espanhol.
Agora, vem aí a Olimpíada da Irresponsabilidade, a ser vencida pelos políticos brasileiros, com Lula, Cabral e Paes subindo juntos ao pódio. Antes mesmo da abertura, a vergonha já é imensa. Muitos atletas estrangeiros se recusaram a vir, por causa das doenças transmissíveis. Além disso, obras sendo acabadas às pressas, um governador incompetente que decreta “calamidade pública” na cidade e provoca devolução de 50 mil ingressos, um prefeito idiota que dá seguidas entrevistas à imprensa estrangeira falando mal da cidade e dizendo que a Olimpíada foi uma “oportunidade perdida”. É constrangedor.
Agora, as delegações estrangeiras estão chegando à Vila Olímpica, que o eterno cartola Carlos Arthur Nuzman, enriquecido ilicitamente por conta do esporte, classificou como “as melhores instalações da História das Olimpíadas”. Mas não é verdade, era tudo conversa fiada, há problemas nas instalações de gás, elétricas e hidráulicas, sem falar na sujeira ambiente, que surpreendeu a delegação australiana, enquanto a Folha informava que delegações de outros países tiveram a cautela de contratar operários para dar acabamento às obras de suas instalações.
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