A imagem foi fugaz no atual noticiário digestivo alcunhado de jornalismo de informação como se a essência jornalística virasse adjetivo. Chocou muitos. Mas quantos pensaram sobre o que viam ao menos três minutos, bem mais do que os segundos de locução no noticiário televisivo?
Lá e cá não houve nenhuma vingança dos deuses ou cataclismas naturais para provocar morte. Não há que invocar aos céus compaixão. O mar daqui não se enche de refugiados, mas as terras estão repletas de covas infantis e de rios de sangue da violência contra jovens.
No Mediterrâneo e no Brasil destes tempos confusos, a autoria das tragédias não é de sobrehumanos mas dos próprios homens. São os europeus que fecham as portas aos necessitados refugiados das guerras e da miséria, que paradoxalmente é fomentada pelos país daqueles.
Não é outra nossa tragédia, criada e alimentada pelos marginais dirigentes, com a indiferença dos mais frios assassinos e ladrões. Em nome de uma estrela, de um projeto partidário, fez-se o caos e a população em debandada procura emprego, assistência.
Todos em busca da solidariedade, que deve ser oferecida pelos governos. No entanto, para essa faltam voluntários. O que encontram são mercenários dentro e fora de palácios, Congresso, Câmaras. E o Brasil mais se parece ao bebê reconchudo, morto.
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