Esta é a verdade: neste século 21, o Brasil avançou bem menos do que a gente pensou-desejou-acreditou. Principalmente, no campo da moral e da cultura. Dos comportamentos sociais. A gente chegou a imaginar que estava bem à frente.
Achamos que a discussão do aborto, apesar de evitada pela antifeminista Dilma, a Honesta, era praticamente página virada. Que a maconha estava na véspera de ser legalizada. Que a homofobia, apesar de tudo, seria prontamente banida. E não era nada disso.
A gente estava dançando em outro ritmo, compassos adiante, sem perceber que a população estava lá atrás. Os avanços não foram mais do que pequenas ilhas de calor e luz na maré do conservadorismo. Agora, as coisas estão apenas desandando. Porque os tempos, com os governos que tivemos nesses últimos anos (e com o que temos agora não será diferente, muito pelo contrário), são de paralisia e retrocesso.
As massas não engoliram nossas conquistas. As pessoas podem até não agredir um veado (não vou deixar de usar a expressão por causa dessa repressão autodenominada “politicamente correto”) na rua, mas não é porque aceitaram a veadagem. É porque não querem ser presas.
Essas coisas de drogas, homossexualismo, etc., nada disso foi realmente aceito. E não temos alternativa, a não ser lutar para continuar avançando milimetricamente, passo a passo. Vale dizer: isso vai continuar tendo de ser empurrado goela abaixo da sociedade, em nome da democracia política, social e cultural que, apesar da dupla PT-PMDB, não desistimos de construir.
Mas teremos de fazer isso à revelia de governos. Nossos políticos, mesmo quando supostamente “progressistas” (outra palavrinha idiota), se rendem por votos. Fecham imediatamente os ouvidos, se trancam, passam mal, cada vez que uma ideia nova bate à porta.
Nossos partidos – fingindo-se de direita ou de esquerda, tanto faz – promovem a sacralização do atraso e da ignorância. Por uma razão muito simples: dependem disso para sobreviver e dominar. Quanto a nós, que permanecemos na contramão do reacionarismo vigente (pouco importando suas supostas colorações ideológicas), não devemos nos esquecer de pelo menos uma coisa: a utopia é a última que morre.
A gente estava dançando em outro ritmo, compassos adiante, sem perceber que a população estava lá atrás. Os avanços não foram mais do que pequenas ilhas de calor e luz na maré do conservadorismo. Agora, as coisas estão apenas desandando. Porque os tempos, com os governos que tivemos nesses últimos anos (e com o que temos agora não será diferente, muito pelo contrário), são de paralisia e retrocesso.
As massas não engoliram nossas conquistas. As pessoas podem até não agredir um veado (não vou deixar de usar a expressão por causa dessa repressão autodenominada “politicamente correto”) na rua, mas não é porque aceitaram a veadagem. É porque não querem ser presas.
Essas coisas de drogas, homossexualismo, etc., nada disso foi realmente aceito. E não temos alternativa, a não ser lutar para continuar avançando milimetricamente, passo a passo. Vale dizer: isso vai continuar tendo de ser empurrado goela abaixo da sociedade, em nome da democracia política, social e cultural que, apesar da dupla PT-PMDB, não desistimos de construir.
Mas teremos de fazer isso à revelia de governos. Nossos políticos, mesmo quando supostamente “progressistas” (outra palavrinha idiota), se rendem por votos. Fecham imediatamente os ouvidos, se trancam, passam mal, cada vez que uma ideia nova bate à porta.
Nossos partidos – fingindo-se de direita ou de esquerda, tanto faz – promovem a sacralização do atraso e da ignorância. Por uma razão muito simples: dependem disso para sobreviver e dominar. Quanto a nós, que permanecemos na contramão do reacionarismo vigente (pouco importando suas supostas colorações ideológicas), não devemos nos esquecer de pelo menos uma coisa: a utopia é a última que morre.
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