Neste 1º de maio, as tropas sindicais e sociais vão às ruas. Estão mobilizadas para iniciar um incêndio no país contra uma única demissão: a de Dilma Rousseff. Supremo paradoxo.
Não lutarão contra as medidas econômicas que a presidente tomou e levaram milhões ao olho da rua - só no trimestre atingem 11, 1 milhões. Não lutarão contra o desmantelo da Petrobras, sob o comando de Dilma como ministra, chefe da Casa Civil e presidente, que gerou milhares de desempregados por todo o país. Não lutarão contra a corrupção gerida pelo PT e seus aliados e institucionalizada por Lula e Dilma.
Com o dinheiro público de um dia de trabalho de cada sindicalizado, vão promover atos em favor da manutenção da boquinha própria. Como podem ser contra governos que garantiram sindicatos patrocinados com decretos governamentais? Por que não gritarão nas ruas o descaso com as demissões?
Os movimentos sociais, todos patrocinados pelos governos petistas, por acharem que assim se fortaleceriam, também não reclamarão dos direitos sociais imprescindíveis do cidadão. Clamarão que serão extintas as bolsas e projetos sociais, mas não confessarão que também estão defendendo a bolsa governamental com que vivem. Vão defender os governos que não fizeram a reforma agrária e não cumpriram as metas de habitação?
Vai-se ver nas ruas bandos, devidamente pagos e sustentados mensalmente, para reclamar da demissão de Dilma. Entre eles, não estarão os demitidos pelo desastre de 13 anos petistas. Esses estarão em casa pensando no dia seguinte quando voltarão à rotina de procurar emprego, quer dizer, em tempos negros, qualquer bico. Voltarão às ruas não para saudar as incompetência petista, mas para garantir a sobrevivência das famílias, que Lula e principalmente Dilma desgraçaram, enganaram.
Também lá não estarão os alunos das famigeradas escolas públicas e universidades federais. Essas sucateadas, deixadas ao Deus dará, com os hospitais universitários em estado crítico. Aquelas, quando existem como prédios, não sendo barracões, containers ou apenas puxadinhos, esquecem da comida. Estudantes tratados com desmazelo não integram as hostes da classe média das agremiações que, alimentadas e com dinheiro governamental, podem pagar os custos de manifestação.
Neste domingo, a esquerda brasileira, em festa, homenageia o trabalhador, que só lhe dá alegrias, pois empregado paga as contribuições que sustentam a boa vida dos pelegos. Neste domingo, estarão fora das marchas os milhões sem trabalho e sem escola que os 13 anos de petismo puseram no olho da rua.
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