Tão certo como o nascer do sol é que este será o ano da Lava Jato. O otimismo que tomou conta do governo nos últimos dias de 2015 não resistiu a sete dias de 2016. O protagonismo indesejado pelos ladrões voltou a ditar o ritmo deste ano de eterno carnaval temporão. O ministro que havia confirmado a morte do impeachment de Dilma convive com o fantasma dos processos e tem pesadelos com uma provável investigação.
Já ficou claro que a anunciada morte do impeachment foi alarme falso. Segunda constatação: ser ministro no atual governo é habeas corpus preventivo para escapar de Moro e ser processado pelo STF. Quem sabe Barroso, o Tenebroso, seja sorteado para inocentar o acusado? Seja qual for o crime, sejam quais forem as provas, sempre se poderá suprimir trechos de leis para justificar a subserviência explícita.
Insisto: 2016 será o ano da Lava Jato. Sem prazos estendidos, com provas e colaboração de acusados, associados a uma eleição municipal que irá colocar os últimos pregos no caixão do PT. As tentativas de desaparelhar a Polícia Federal e criar uma legislação para acordos de leniência em que a CGU define as regras, além da histeria de Barroso e Lewandowski em busca da saída do labirinto, estão sendo tiros n’água que confirmam o óbvio: a agenda política e o futuro do Brasil serão determinados pela Operação Lava Jato.
Mas isso não será suficiente para a mudança que queremos. É essencial que a Lava Jato seja o estopim da bomba H destinada a Dilma e ao PT. E essa bomba só pode ser confeccionada pelas ruas. O orgulho despertado por um Moro, a esperança depositada nos corajosos procuradores e policiais ─ nada disso bastará se nos restringirmos ao papel de torcedor de arquibancada. O jogo também é nosso. Fazemos parte do time e temos que entrar em campo de novo. Somos milhões. Os defensores de bandidos são poucos e estão acuados. Temos a Justiça ao nosso lado. Eles têm quadrilhas.
Moro tem inimigos e não pode ficar só. Abandoná-lo nessa luta é optar pelo suicídio coletivo. Estamos com Moro e com o que ele representa. O recado precisa ser dado em 13 de março.
Por um tempo, nestes tristes dias de insanidades, ouvimos o brado dos milicianos aparelhados: “Lula é meu amigo: mexeu com ele, mexeu comigo!” Cada um tem o “lula” que merece. Moro é meu amigo! Mexeu com ele, mexeu comigo!
O início de 2016 tem data marcada: 13 de março.
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