sábado, 17 de outubro de 2015

O ano fantasma

2015 nem terminou mas está antecipadamente com a vaga garantida na história do Brasil. Será o inédito ano da governança fantasma, quando o país ficou literalmente à deriva das tempestades de crises seguidas, provocadas pelo tufão de imoralidade.

Embora o governo esteja no Planalto, não se vê há mais de nove meses qualquer atitude governamental que não sejam brigas pelo poder e nenhuma resolução quanto aos reais problemas brasileiros. Ah, e muita picaretagem de marketing ululante da pelegada pró-pobreza.


Há caos por todo lado porque não existe presidente (só no retrato na parede, que é de anos anteriores). Aquela figura que se agarra ao poste acenando com a faixa presidencial pede socorro para não cair, enquanto o país desce ladeira abaixo.

Para assistir ao chamado de Dilma, Lula se arvorou em salvador do poste, não do país, para evitar que vá com a família para o xilindró ou acabe na rua do desprezo. Quanto ao resto, que se lixe, quer mais é manobrar para levar os náufragos até 2018.

A cada dia explodem as falcatruas encobertas há anos pela democracia de conchavo e o aparelhamento do Estado.

O executivo se envolve em acordos imorais e casos policiais. Não ficam atrás os poderes legislativo e escandalosamente, o judiciário. Conchavos, acertos sob o manto da imoralidade. Nas mesas dos três poderes, mesmo nos níveis estadual e municipal, o Brasil não está na pauta como prioridade.

A Lava Jato, a crise financeira ou o pega pra capar político são consequências de se levar o país de trambolhão por interesses partidários e pessoais.

Os verdadeiros problemas nacionais como saúde, educação e emprego, que foram tratados como produtos de marketing durante a dominação petista, com a oposição cúmplice, não estão em pauta como não estiveram. E não estarão nem mesmo no próximo ano.

A pauta única é assegurar o Poder custe o que custar, enquanto o país segue desgovernado ao custo do sacrifício dos que serão, como sempre, os fiéis grandes pagadores da conta.

E a conta não será pequena nem de suaves prestações deste ano perdido literalmente para as grandes questões do país. Se vamos pagar por mais uns sete anos a conta das trapalhadas petistas é para se por de molho o custo de um ano sem qualquer ato digno de ser denominado de interesse nacional.

A conta do descalabro petista e da falta de vergonha generalizada é para pesar nas costas de duas gerações, no barato. Um preço vexaminoso só comparável aos que estão em guerra civil.

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