Dilma foi reeleita há exatamente um ano, já teve tempo suficiente para adotar um ajuste fiscal viável, para equilibrar o orçamento. Mas até agora nada fez, porque não quer cortar despesas e continua sonhando em sair da crise por meio de um imaginário aumento de arrecadação, a ser alcançado pelo ardil de recriar a CPMF.
Para atingir este objetivo, que não é dela, mas do Instituto Lula e do PT, a presidente da República não se importa em mentir repetidamente. Não diminuiu um centavo em custeio, disse que iria cortar 3 mil cargos comissionados, mas não eliminou um só deles, e a redução de ministérios foi uma farsa, o que houve foi apenas uma redistribuição de pessoal.
Como todos sabem, quando Dilma era ministra, teve a desfaçatez de alardear ser “doutorada” em Economia pela Universidade de Campinas. Mas logo se descobriu que era mentira, porque ela nem mesmo tinha feito mestrado, e hoje já se duvida até de que realmente tenha cursado alguma faculdade, porque demonstra ser intelectualmente trôpega, com flagrantes dificuldades de desenvolver raciocínios.
Bem, depois de apanhada em flagrante ao fraudar o Curriculum Lattes na internet, ela disse ter cursado Ciências Sociais. Mas será que se formou mesmo em Sociologia ou foi em Assistência Social? Ou não se formou em nada?
Mesmo sendo totalmente despreparada, a pretensiosa Dilma Rousseff insiste em conduzir pessoalmente a equipe econômica, e o faz à sua maneira, sempre desastrada e caótica, levando o neopetista Delfim Netto a proclamar recentemente que Guido Mantega e Joaquim Levy jamais foram ministros no governo Dilma, porque é ela própria quem comanda a política econômica. “A ministra é a Dilma”, sentenciou Delfim, e agora todos sabem que é por isso que “la nave va” tão alucinadamente.
Na cabeça pouco privilegiada da “doutorada” Dilma Rousseff, só existe um plano para sair da crise – a criação da CPMF. Motivo: se isso acontecer, Dilma, Lula e o PT conseguirão manter o inchaço e o aparelhamento da máquina estatal, o governo poderá até ampliar os programas sociais que visam preferencialmente os votos, como Bolsa Família, Fies, Pronatec e Minha Casa, Minha Vida. E ainda sobrará dinheiro para investir aqui e ali.
O plano é maquiavélico e visa à perpetuação do PT no poder. Mas acaba de ser desmascarado, porque a nova CPMF não vai render somente R$ 44 bilhões por ano, como foi anunciado pelo ministro Levy. Na verdade, aumentará a arrecadação federal cinco ou seis vezes mais.
Para pressionar os parlamentares, o governo pretende conseguir a aceitação do Congresso encaminhando a votação sob o seguinte dilema: ou aprovam a CPMF ou o país mergulhará no caos profundo, porque não há Plano B.
Nessa tentativa de enganar os parlamentares federais, o governo começou fraudando as estimativas de arrecadação do CPMF. Mas o empresário Vittorio Medioli, dono do Grupo Sata e do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, acostumado aos números da grande economia, teve paciência e disposição para refazer os cálculos oficiais e conseguiu desmontar o golpe da equipe econômica, que é cúmplice de Dilma Rousseff na farsa do ajuste fiscal.
“Na previsão do ministro Joaquim Levy, com alíquota de 0,38%, a nova CPMF arrecadaria apenas R$ 68 bilhões/ano. Depois, ele rebaixou o valor para R$ 44 bilhões/ano. Resta explicar como uma economia formal de R$ 5,5 trilhões em PIB, e mais de R$ 1 bilhão em PIB informal, considerando ainda as múltiplas operações oneradas pela CPMF, arrecadaria apenas o equivalente à taxação de um terço daquilo se produz e comercializa no país”, denunciou Medioli, em importantíssimo artigo transcrito domingo aqui na Tribuna da Internet.
“O PIB de 2014 foi R$ 5,5 trilhões. Portanto, a alíquota de 0,38% na verdade significaria no mínimo R$ 209 bilhões em arrecadação, sem contar com a economia informal e as transações múltiplas, muitas das quais nascem e se esgotam no mesmo banco, abrindo brecha para bilhões de desconfianças”, concluiu o empresário.
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