sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Um ano como o diabo gosta

O novo ano já bate à porta. Se ninguém reparou, restam praticamente dois meses para 2015 acabar e ainda não houve um dia de governo no Brasil, que não seja no papel dos diplomas dos eleitos. De resto, o país está ao Deus dará como o diabo gosta.

E se os tempos são de crise econômica, nem é preciso gastar dinheiro com bola de cristal para saber que 2016 não será tão diferente.

O governo precisa do Congresso para nos dias que faltam tomar decisões sobre a economia que anda aos trancos e barrancos. É muito pouco tempo para contornar a briga política antes que chegue o recesso de fim do ano. E como ficará o governo (que assim ainda apelidamos) nesses dias em branco? 

A grande promessa de Dilma era uma travessia e a retomada se daria no fim do ano. Estamos nele mas o que se vê é o abismo. Se mentiu para se reeleger, continua mentindo com a costumeira cara de pau.

Não há estabilidade de economia, de política ou policial, à vista nem a prazo. O próximo ano já se prenuncia tão negro, ou mais do que este. Que o diga o Banco Central. Se nada acontecer de mais graves, só no final de 2016 vai se conseguir começar a estabilização.

Muito, na verdade demais, se tem que resolver para estabelecer um programa de governo, que não há, nem houve em quatro anos. Também sequer tem-se orçamento deste ano e o que dirá do próximo.

O Brasil certamente vai continuar enlameado em suas questões mesquinhas de politicalha com o contribuinte pagando caro o ingresso na tragicomédia da falta de governança. É o preço cobrado pela incompetência governamental e o comodismo de uma sociedade que se enxergava no melhor dos mundos, enquanto pisava na lama da arapuca dos quadrilheiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário