Os empresários, entre os maiores do país, se reuniram com Joaquim Levy na noite do dia 2 e na madrugada do dia 3, em São Paulo. Logo depois da reunião, Dilma aceitou voltar aos números que tinha abandonado, como o superávit primário de 0,7% (que tinha virado um déficit de 0,34%). Para isso concordou em cortar despesas até mesmo nos seus programas sociais favoritos e adiar programas de governo que considerava intocáveis. Objetivo dos empresários: manter o Brasil como merecedor do grau de investimento das agências de classificação de risco. Sem esse grau, os empréstimos externos ficariam bem mais caros (esqueça o discurso eleitoral de que o Brasil não deve nada ao exterior. Deve, sim).
É difícil cortar despesas num governo que, numa viagem aos Estados Unidos, aluga 22 limusines para a comitiva; que abriga mais de cem mil funcionários comissionados, sem concurso; que não tem como, por exemplo, retirar os milhares de carros que parlamentares e magistrados têm à disposição. Os empresários se dispõem a ajudar, indicando cortes possíveis.
Possíveis, talvez; mas doloridos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário