segunda-feira, 11 de maio de 2015

Imagem, cada um faz à sua semelhança

"Resguardar" foi a palavra da mídia na semana. Enclausurada no Planalto, cada vez mais afastada de qualquer maior contato com a população - a não ser em eventos bem protegidos e de pouca gente devidamente inofensiva, Dilma precisa ter sua imagem resguardada, segundo o governo. E a mídia insiste na farsa do "resguardo" da imagem presidencial?

Cara pálida, nossa matrioska de cristal foi feita por um artesão imemorial para um soberano de lenda? Estamos em um país ou num paraíso de lendas da carochinha?

Vai-se resguardar que imagem se a própria proprietária jogou fora, deixando que passasse de guerreira, a poste, a gerente, a faxineira e hoje sequer sabe que imagem vestir?

O endeusamento, hipócrita, de quem investe um cargo, no Brasil, é das atitudes mais absurdas no século XXI, mais próprio dos tempos coloniais. O endeusamento que permite usar e abusar do avião presidencial só para comparecer ao casamento de Roberto Kalill Filho, o cardiologista dos poderosos, como se fosse um direito de se apropriar do avião como condução particular para eventos de somenos importância para o país. Um escracho como as maldades que apronta para que o povo pague. Mal e porcamente, é um passeio de carruagem de Maria Antonieta para um baile em Versalhes com a pompa que merece o cargo reinante e a adulação dos menos qualificados.  

Quem ocupe a Presidência deve se preocupar em resguardar a própria imagem em atitudes constitucionais em proveito da população, com atitudes dignas a quem foi escolhido (a) pelo voto. Se não tem esse próprio merecimento não há mais o que resguardar.

Será que alguma vez resguardou a imagem do Brasil quando ocupou ministério, Casa Civil e Presidência, no caso Petrobras, que hoje marca o país? Resguardou a imagem do país quando se é quase o lanterninha em tudo que é pesquisa? Resguardou a imagem do Brasil quando se enxovalha a educação, se implode a saúde, se desmorona o emprego e o slário?

Dilma, cada vez mais, se recolhe à proteção dos muros palaciais, mas que bem podem lhe servir de prisão. Presa, não é presidente, mas refém de uma situação governamental ainda indefinida que criou com suas próprias atitudes e comandos. Não há imagem a se resguardar, mas Dilma deveria cuidar de resguardar, enfim, de qualquer jeito, a imagem dos brasileiros que com seus cúmplices jogou na sarjeta. Infelizmente não tem a capacidade humilde de se renovar para governar como o país merece e pede.

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