Num jantar, o escritor Cristovão Tezza afirma que no processo civilizatório o papel da cultura é tão ou mais relevante que o progresso econômico. Tezza alega que o grande problema do Brasil foi termos acreditado que a prosperidade econômica traria naturalmente uma expansão dos horizontes culturais. Nos limitamos à ampliação do acesso aos bens materiais – tirar uma parte da população da extrema pobreza não foi seguido de uma profunda reforma no sistema educacional. O resultado é que hoje temos uma das mais altas taxas de homicídios do mundo. Esse argumento me lembrou uma fala do poeta Sergio Vaz, pleiteando que a letra C da ascendente Classe C fosse sinônimo de Cultura e não de Consumo... Como nenhum governo se preocupou de verdade com esse salto qualitativo, continuamos afundados no pântano da barbárie...
Luiz Ruffato, Relâmpagos nos labirintos do Salão do Livro de Paris
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