A boa: não haverá nenhum tipo de racionamento de energia
elétrica nesta Administração.
A ruim: a população precisa economizar papel higiênico.
Com o lobby ecológico, não se pode mais sair desmatando por
aí como antigamente, usando motosserras em qualquer jacarandá. Um número enorme
de entidades internacionais vêm nos boicotando. E nossa dependência a elas é
considerável.
Como papel é feito de celulose e celulose vem de árvores,
não temos mais condição de esbanjar folhas de nenhuma espécie. Pedimos assim a
todos os brasileiros: diminuam em 50% a utilização de papel higiênico.
Temos consciência da enorme importância da assepsia nas
áreas íntimas corpóreas. Uma nação nunca será altiva em meio ao caos e à
catinga. Mas existem formas criativas de se manter asseado, sem consumir meio
rolo a cada ida ao toalete.
Nunca dobre muitas vezes o papel antes de efetivar a
operação em si. Dobrando-o apenas uma vez, já é possível evitar que ele se
fragmente, causando danos a você e ao meio-ambiente.
Enrolar um pedaço pequeno de papel no dedo indicador e fazer
todo o procedimento apenas, e tão-somente, com essa pequena faixa é a
recomendação mais sensata, segundo respeitados institutos de pesquisas
tecnológicas. Corre-se o risco de algum acidente, mas nada que uma ducha rápida
(lembre-se de que a água continua sendo racionada) não resolva.
O uso de algodão pode ser uma alternativa à necessidade
premente de não gastar papel. Desde que não se use álcool ou benzina no momento
da limpeza.
Cortar os pedacinhos em cima do picote é igualmente
recomendável, posto que um milímetro economizado multiplicado por milhões de
habitantes evitaria o Privadão – retirada de todo papel higiênico do mercado
pelo Governo Federal por tempo indeterminado.
O consumidor de mais de um rolo semanal receberá uma
notificação informando-o de quanto será sua economia-mês. Quem consumir mais de
três rolos semanais será inicialmente notificado e, repetindo a infração,
pesadamente multado (valores e cálculos no sítio do Ministério da Fazenda). Se
continuar infringindo, o banheiro da casa será lacrado pelo Ministério da
Saúde.
Usuários de fraldas e consumidores de menos de um rolo
semestral estão fora do novo racionamento.
Os pedidos de revisão de meta devem ser enviados por e-mail
para o Ministério da Justiça acompanhados de provas materiais da necessidade de
mais rolos (relatos juramentados de situações constrangedoras em público, perda
de emprego, estados diarréicos crônicos).
São medidas duras e que não vão cheirar nada bem na
Comunidade Internacional.
Mas sem elas, o país vai descarga abaixo.
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