sábado, 15 de novembro de 2014

Caso Lula/Rosemary, dois anos sem punição



Para poder se considerar um país civilizado, não adianta o Brasil proclamar que é o quinto maior em território, o sexto em população e o sétimo em economia. Na verdade, falta muito para atingirmos essa ambicionada condição. Até chegar lá, precisaremos cuidar melhor de nossa gente, propiciando melhores condições de vida, através de investimentos em saúde, educação, segurança e desenvolvimento.

O problema é que os políticos não têm espírito público nem se preocupam em efetivamente defender o país e sua gente. De uns tempos para cá, o nacionalismo se transformou num sentimento negativo, que é visto com preconceito e desdém. Cada um que cuide de si, o resto não interessa.
O chamado caso de Lula e Rosemary Noronha é um dos melhores exemplos do baixo grau de civilização do país, mostrando que continuamos em estágio de subdesenvolvimento social, cultural e político.

UM AMOR DURADOURO

Rose era uma bela jovem de classe média baixa, que não concluiu o ensino médio e trabalhava como auxiliar de escritório no Sindicato dos Bancários de São Paulo, onde conheceu em 1993 o sindicalista Luiz Inácio da Silva, que era casado mas se tornou seu amante e iria mudar a vida dela.

Vinte anos depois, Lula se tornou presidente da República e a estrela de Rose começou a brilhar mais intensamente, na condição de segunda-dama. Como todos sabem, Lula a nomeou chefe do escritório regional da Presidência da República em São Paulo e ela passou a ter forte influência no governo, empregando parentes e amigos em cargos de elevada remuneração.

O caso amoroso era bastante conhecido entre as autoridades mais ligadas a Lula, pois Rose fazia companhia a ele em todas as viagens internacionais nas quais a primeira-dama Marisa Letícia estava ausente. Em apenas dois anos, foram mais de 20 excursões ao exterior, a bordo do Aerolula, em visita a 31 países.

OPERAÇÃO PORTO SEGURO

Rosemary só perdeu o brilho quando a Polícia Federal a indiciou na Operação Porto Seguro, desencadeada no início de dezembro de 2012, acusada de enriquecimento ilícito por intermediar negócios escusos em agências reguladores e ministérios.

O processo foi aberto pela Justiça Federal, mas dois anos já se passaram e até hoje não houve julgamento. Assim, Rosemary continua na mesma vida de antes, porque seu companheiro Lula jamais a abandonou. Muito pelo contrário, Rosemary agora é sustentada pelo Instituto Lula, que também se encarrega de pagar os quatro escritórios de advocacia que a defendem, sob supervisão direta de Lula.

A única novidade no caso é a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que mandou o Planalto revelar a movimentação do cartão corporativo de Rosemary, fato que representará mais um escândalo, porque ela fez gastos pessoais absurdos no Brasil e no exterior.

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