Enquanto áreas verdes são desmatadas para os condomínios, projeto Minha Casa Minha Vida, saudado pelo governo petista, é construído em solo inadequado para edificações, sem sistema de esgoto, pois não há na região, em meio ao mato e isolado de qualquer serviço
Município que deveria investir em educação, saneamento,
atração de indústrias, empregos, prefere reforço de caixa eterno com os
impostos prediais através de condomínios. Quando não sabe encontrar saída para
desenvolver o município, governos adotam a jogatina do “Banco Imobiliário”. Uma
solução prática para angariar impostos ad eternum, gerar umas divisas extras
quando da implantação e mostrar à população o “desenvolvimento” com a vinda de
novos moradores. É uma varinha mágica que atende perfeitamente os desonestos
governos incapazes, pois dá dinheiro e visibilidade. De quebra, ainda pode
render uma “doação” para campanha bem adequada.
O PT não criou a fórmula, mas se tornou um usuário contumaz
quando os seus governos não têm qualidade administrativa. E a jogatina começa
mesmo antes das eleições, quando os maiores patrocinadores de campanha são
imobiliárias. Como aconteceu em 2008, em Maricá. A invasão dos condomínios foi
inclusive anunciada pela revista oficiosa do próprio prefeito como um grande
passo no progresso municipal. De lá para cá, emergiram condomínios por todo
canto num município que não tem rede de esgoto – apenas uns 4% com o in natura
jogado nas lagoas – e sem abastecimento de água na maior parte da região.
Os problemas não foram empecilho para o surgimento de
condomínios, a maior parte de médio para alto luxo, num município ainda mais com
sérios problemas na saúde, na educação, na geração de empregos, no comércio. E
com grave problema de, no futuro, contar com um aumento assustador da população
de baixa renda, criando bolsões de favelização.
O gestor municipal tão bem se saiu em capitalizar as
imobiliárias que até trouxe investidores estrangeiros também enganados pelo
desenvolvimento da região (?). Gastou fortunas, que poderiam ser aproveitadas
em melhorias municipais, nas feiras imobiliárias na Itália e na França para
conquistar os estrangeiros através de vídeos promocionais do “grande avanço”
municipal. E saiu no lucro, das doações e de uma falsa média de renda no
município dormitório, pois a maioria dos novos habitantes trabalha fora daqui.
Enfim, uma jogada de mestre da esculhambação que se acha
magnânimo ao lotear até áreas naturais, que logicamente estão fora da seu
espaço verde, ao troco de um dinheirinho como contrapartida para a
administração, a fim de criar novos ilusionismos. Assim forma a base de uma
futura cidade com massa populacional acima de suas posses, de seus serviços
básicos, de seu atendimento social, sem educação e geração de empregos. A Nova
Maricá cresce como um monstrengo para glória de comissionados e os eternos
come-e-dorme correligionários. PT, saudações.
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