Alguns candidatos, mesmos suspeitos de corrupção, reaparecem nas eleições
Voltam as eleições no Brasil e com elas reaparecem
candidatos que demonstram carecer de um mínimo de pudor político. Eles não têm
escrúpulos ao se apresentarem ou ao serem representados, apesar de que paire
sobre eles a suspeita de corrupção. Lhes falta um mínimo de pudor que é a
antessala da dignidade.
A ciência ou a arte da política é antiquíssima. Plutarco, o
filósofo e historiador de origem grega que acabou sendo cidadão romano,
alertava com aquela frase que ficou famosa: “À mulher de César não basta ser
honesta, deve parecer honesta”. Hoje, dois mil anos mais tarde, se diria que
nossos políticos foram muito mais além, mas para o mal.
Não somente não se preocupam em parecer honrados como não se
preocupam em sê-lo, nem que se saiba que não são. Isso explica porque muitos
candidatos que se apresentam pedindo votos já foram condenados pela Justiça, ou
estão sob processo ou sob suspeita de delitos de corrupção.
Talvez exista algo pior, e esses políticos que nem se preocupam em ocultar seus delitos ou acusações sobre eles costumam ser os mais votados pelos cidadãos e os que recebem mais dinheiro para suas campanhas.
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