sábado, 7 de junho de 2014

Austeridade, orgulho dos políticos uruguaios

O presidente Mujica sai de casa para mais um dia de trabalho

Com a substituição de José Mujica no comando da presidência do Uruguai, haverá, sem dúvidas, uma mudança em um estilo único de governar. Mas todos os candidatos eleitos no último domingo deverão manter a austeridade que tanto chamou a atenção do mundo. Sem dúvida alguma, o ex-guerrilheiro tupamaro levou até a última instância o perfil discreto característico da política uruguaia. Mas passando em revista os presidenciáveis, da esquerda à direita, nenhum se projeta fora do campo da igualdade social, tão apreciada pelos uruguaios.
“Ninguém é melhor do que ninguém” é um dito popular que os uruguaios levam gravado em seu DNA e que Mujica colocou novamente na moda.Políticos e eleitores se projetam como parte de uma democracia social.

Nesse contexto, as declarações de bens dos candidatos, publicadas recentemente pelo jornal El Observador, indicam a modéstia com que os políticos enfrentam o acesso à liderança de seus partidos ou a chegada às instâncias máximas do poder. O líder da Frente Ampla, Tabaré Vázquez, principal favorito para as eleições presidenciais de 26 de outubro, tem uma das melhores situações financeiras no grupo de presidenciáveis. Médico especialista em oncologia, recebe uma pensão como ex-presidente (cargo que ocupou de 2005 a 2010) que não passa dos 1.900 euros mensais (cerca de R$ 5.875), além de continuar exercendo a medicina, com uma renda média de 1.800 euros. Seu patrimônio total não chega a meio milhão de euros.





"Eu não sou pobre, pobres são os que crêem que eu sou pobre. Tenho poucas coisas, é certo, as mínimas, mas só para poder ser rico. Quero ter tempo para dedicá-lo às coisas que me motivam. Pois se temos tempo para o que realmente nos entusiasma, não somos pobres"
José Mujica, presidente do Uruguai

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