O mal da província não está só nessas pequenas vaidades inofensivas, o seu pior mal provém de um exagerado culto ao dinheiro. Quem não tem dinheiro nada vale, nada pode fazer, nada pode aspirar com independência. Não há metabolia de classes. A inteligência pobre que se quer fazer, tem que se curvar aos ricos e cifrar a sua atividade mental em produções incolores, sem significação, sem sinceridade, para não ofender os seus protetores. A brutalidade do dinheiro asfixia e embrutece as inteligências.Lima Barreto, "Os Bruzundangas"
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Ao dinheiro, rezamos!
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