Tanto o Brasil como a Alemanha passaram por regimes democráticos e crises econômicas previamente à polarização e deterioração de suas instituições. Na Alemanha, a República de Weimar perdurou de 1918 a 1933. No Brasil, o período constitucional tem perdurado de 1989 a 2022. A Alemanha passou por forte recessão econômica após a Primeira Guerra, com hiperinflação em 1922 e perda da representatividade das elites tradicionais. O Brasil passou por forte recessão econômica em 2015 durante o impeachment de Dilma Rousseff, com a perda da representatividade do PT e do PSDB. Na Alemanha, Hitler com o discurso do ódio contra a comunidade judaica e o comunismo foi eleito em 1932 com 31% dos votos totais. No Brasil, Bolsonaro com o discurso do ódio contra a “velha política” e o PT foi eleito com 32% dos votos totais em 1º turno, 39% em 2º turno. Ambos com minorias provindas das classes médias iliteratas, sem voz na sociedade, base social do fascismo.
Na Alemanha, Hitler controlou as elites empresariais, o legislativo, e o judiciário, com a eliminação da imprensa, através da SS e do Exército. No Brasil, Bolsonaro tem pressionado as elites empresariais, o legislativo, e o judiciário, com êxito limitado, com ataques sucessivos à imprensa, sem o maior controle sobre a Polícia Federal e o Exército. No caso de derrota eleitoral, a tentativa da quebra da ordem institucional se pauta pelo estilo Trump da invasão do Capitólio, adicionado a grupos militares e paramilitares em favor do golpe. Existem diferenças entre militares no governo e militares no Exército. O Exército, em sua maioria, permanece legalista; no governo, menos legalistas. A normalidade democrática ou a quebra institucional dependerá dos erros, acertos e firmeza das diversas partes nos episódios que irão se seguir. O STF continua firme em suas funções constitucionais.
Tanto no Brasil como na Alemanha, as elites foram coniventes com o andamento político. As elites, no vislumbre de interesses imediatos, erroneamente acreditaram que o discurso do ódio somente significava estratégia eleitoral, vítimas após que foram daquilo que mal avaliaram. Elites fortes com valores definidos dão rumo a um país. Elites fracas desprovidas de valores podem deixar um país ir ao caos.
Tempos turvos no prenúncio dos tempos estranhos já prenunciados.
Na Alemanha, Hitler controlou as elites empresariais, o legislativo, e o judiciário, com a eliminação da imprensa, através da SS e do Exército. No Brasil, Bolsonaro tem pressionado as elites empresariais, o legislativo, e o judiciário, com êxito limitado, com ataques sucessivos à imprensa, sem o maior controle sobre a Polícia Federal e o Exército. No caso de derrota eleitoral, a tentativa da quebra da ordem institucional se pauta pelo estilo Trump da invasão do Capitólio, adicionado a grupos militares e paramilitares em favor do golpe. Existem diferenças entre militares no governo e militares no Exército. O Exército, em sua maioria, permanece legalista; no governo, menos legalistas. A normalidade democrática ou a quebra institucional dependerá dos erros, acertos e firmeza das diversas partes nos episódios que irão se seguir. O STF continua firme em suas funções constitucionais.
Tanto no Brasil como na Alemanha, as elites foram coniventes com o andamento político. As elites, no vislumbre de interesses imediatos, erroneamente acreditaram que o discurso do ódio somente significava estratégia eleitoral, vítimas após que foram daquilo que mal avaliaram. Elites fortes com valores definidos dão rumo a um país. Elites fracas desprovidas de valores podem deixar um país ir ao caos.
Tempos turvos no prenúncio dos tempos estranhos já prenunciados.
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