Bolsonaro não sabe o que é neutralidade, ou finge não saber. Se soubesse, não diria que o Brasil é neutro no caso da invasão da Ucrânia. O Brasil condenou duas vezes a invasão ao votar na ONU. Neutros foram os três países (China, Emirados Árabes Unidos e Índia) que se abstiveram de votar. Só a Rússia votou a favor dela.
Bolsonaro não sabe quando falar a verdade aos seus governados, e, nesse caso, não é puro fingimento; está acostumado a mentir ou ocultar. Os líderes dos países mais importantes começam a preparar seus povos para os efeitos econômicos negativos da guerra na Ucrânia. Bolsonaro guarda silêncio.
Bolsonaro não tem sorte e não dá sorte a ninguém. Em pouco mais de três anos, enfrentou uma pandemia, e, agora, uma guerra. Preferiu negar que houvesse uma pandemia, concedendo passe livre ao vírus para que matasse. Quanto à guerra, apostou que não haveria – e perdeu; por fim, alia-se ao lado errado.
Pode ter sido sorte de Bolsonaro se eleger presidente da República, mas do Brasil não foi sorte.
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